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Psicanálise da vida cotidiana
Psicanálise da vida cotidiana

Thomas Mann

Redação Jornal de Brasília

02/07/2019 10h28

Atualizada 08/07/2019 10h36

Thomas Mann

Thomas Mann

Lutaste sempre com a tua identidade.
Alemão burguês, ariano e mestiço (brasileiro).
Sofreste a violência da burguesia e dos intelectuais
[da pretensa raça pura]
Outsider, degenerado, artista, doente, gênio.

Mostraste ao povo germânico a beleza da alma,
a sanidade, a loucura, a doença,
fizeram de ti um artífice da Arte
[unindo o individual ao social]
A intelectualidade não destrói o coração!

Aschenbach sentiu nas veias o vazio do Narcisismo,
Viver à procura do seu gêmeo empobrece o Eu.
Castor rebelou-se na planície e na montanha
Encontrou seu verdadeiro Ser.

A doença, a loucura, fontes da criatividade.
A simbolização da dor encontra o sentido e o alívio do sofrer,
A mortalidade te aproximou da transitoriedade e,
Resgataste o Tempo, o tempo do viver e do estar-sempre-sendo.

Fizeste pacto com Demônio em Fausto,
Viajaste, foste em busca de outras cidadanias,
restou o Thomas, alemão, mestiço, humano e artista.
A geografia não define identidade.

Dos seus gritos de rebelde, ainda que burguês,
Mostraste ao mundo a salvação(?),
pela Ciência, as Artes, o Humanismo.
Mostraste que a real essência humana é a miscigenação.

Ficaste famoso, ícone do pensamento universal, príncipe da
Verdade, junto aos degenerados, pobres, artistas e loucos-sanos.
A Alemanha é depois de ti.
O mundo tem em si guerreiro constante
defendendo a violência da racionalidade e a
paixão insana dos românticos fundamentalistas.

Oh! Thomas Mann que nossos jovens lhe ignora.
Oh! Thomas Mann que os políticos não te leem.
Oh! Gênio que denunciou a fraqueza dos onipotentes(?)
Oh! Alemão, burguês, anti-ariano e mestiço
que transformaste os homens vindos da estupidez alemã,
sem perder o senso-comum da fragilidade humana!

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