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O que a novidade representa para você?

E por falar em novos ciclos, confira a estreia do podcast desta digníssima colunista: Muito Prazer, Luisa Miranda.

Lu Miranda

17/05/2024 14h49

Recomeços, medos, novos desafios? A maioria das pessoas tem receio da novidade, afinal, o novo nos apresenta o desconhecido. É comum sentir ansiedade diante do incerto. O próximo amor após um casamento, o próximo apartamento, o próximo trabalho, a próxima paixão, a próxima frustração amorosa, o próximo sexo… o próximo quase tudo pode nos deixar apreensivos.

Estar no conhecido pode proporcionar uma sensação de segurança e controle, mesmo que esse conhecido seja doloroso e tóxico. Melhor uma dor familiar que uma dor desconhecida, não é? Porém, todo conhecido foi um dia desconhecido, então qual é o problema?

A questão é que, ao nos tornarmos adultos, cobramos-nos demais. Achamos que não podemos ficar ansiosos ou angustiados com os novos passos que damos. Exigimos perfeição de nós mesmos simplesmente porque somos adultos e acreditamos que deveríamos ter maturidade para lidar com tudo o que a vida nos apresenta.

No entanto, adultos também estão em constante construção. Acolher as novidades e entender que não saberemos lidar com tudo faz parte do nosso processo de evolução e inteligência emocional. A instabilidade é a única coisa estável na vida, e encará-la com carinho e racionalidade pode ser muito útil na construção de uma sensação de segurança.

Mas não se engane: nunca estaremos completamente seguros, porque a vida tem suas surpresas, e isso jamais poderemos controlar. Contudo, há algo que pode fazer uma grande diferença nessa jornada: amizades e afetos sinceros.

Compartilhar medos, receios, desafios e angústias com alguém pode ajudar muito nos nossos processos individuais. Ao falarmos e ouvirmos as experiências dos outros, percebemos que nossas inseguranças não são exclusivas, mas comuns a muitas pessoas ao nosso redor. Deixamos de nos ver como vítimas exclusivas do sofrimento e passamos a entender que somos parte de um coletivo. Somos seres individuais e subjetivos e também, seres coletivos, inseridos em um contexto cultural compartilhado.

Permita-se naturalizar suas inseguranças. Elas fazem parte de quem você é. Compreenda por que elas estão presentes. Questione suas dores e angústias. Converse com amigos sobre seus receios e vulnerabilidades. Você poderá perceber que muitos passam por situações semelhantes.

Se está com medo, vá com medo mesmo, mas aprenda a contar com sua rede de apoio. Brochou? Tem medo de se entregar novamente? Está com medo de frustrar outra pessoa? Converse. Todos têm medo, mas o que diferencia meninas de mulheres e meninos de homens é como lidamos com esse medo. Se ele te paralisa, busque alguém para conversar. Se ele não te paralisa, ótimo. Acolha, compartilhe e siga em frente, sabendo que sempre haverá novidades fora do seu controle.

Quer saber mais sobre este assunto? Então, confira esta novidade: nesta semana, estreei o podcast “Muito Prazer, Luisa Miranda”. Eu e Renata Guedes conversamos sobre como lidamos com novidades, desafios, inseguranças e tudo o que acompanha o início de um novo ciclo. Foi incrível. Te espero lá, combinado?

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