Executivo brasiliense que faz sucesso pelo mundo, Rodrigo Dora bateu um papo com a coluna. Advogado por formação, com várias especializações, ele atualmente é CEO da BRICS-PED, entidade de alcance internacional que tem países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul como integrantes. Organismo que atua em negociações comerciais entre Brasil e outras nações.
Apesar de jovem, você possui um currículo extenso de formações e especializações. Como é ter atingido um patamar tão alto sendo teoricamente novo?
Minha inquietude em determinado momento me fez abrir os olhos para algo extremamente importante. Coloquei isso como meta é abracei a causa sem parar. Acho que a disciplina e a vontade de crescer foram essenciais para alcançar meus objetivos. A humildade é ponto essencial nesse processo assim como a energia, perseverança e
positividade que admiro em minha vida. Nem tudo são flores, há muito suor por trás disso tudo.
Em 2012 você recebeu a Comenda Tiradentes, um dos mais altos prêmios do Brasil. O que isso representa? Qual a importância disso para a sua carreira?
Estava na Índia quando recebi a comunicação e não acreditei na época. Nunca havia pensado ou almejado isso, e ao parar para pensar tenho convicção de que foi um trabalho bem feito à época para justificar tal feito. Trabalhei de maneira empreendedora e fui profissional o suficiente para lançar algo novo e concretizar um sonho, mesmo que à época não soubesse o alcance que poderia ter. Naquela noite, ao receber o diploma e medalha, sabia que havia feito algo de valioso para o país e que começava a construir algo de sucesso.
A BRICS-PED é uma multinacional, qual a importância do trabalho desenvolvido por ela para o Brasil?
A BRICS-PED é uma entidade de alcance internacional, com uma BRICSTRADING que é uma multinacional. Este modelo híbrido já é e foi objeto da Harvard Business School Latin America. Enquanto projeto, tivemos períodos de adaptação e de reinvenção, mudanças de filosofia e de aferição de resultados. Somos hoje resultado dos erros do passado e deixamos de brigar em um nicho que não nos atendia e que não atendia nossos parceiros.
A associação institui projetos com governos e grandes parceiros e isso agrega muito valor, quanto a este ponto temos profissionais maravilhosos em Brasília na nossa diretoria como Thelmo, em São Paulo, Luiz Carlos e no Nordeste Benjamim Paiva e Fábio. Essa combinação no Brasil é a que mais nos traz resultados. A qualificação de
cada um deles é que nos gera resultados e a oxigenação necessária para o desenvolvimento da trading que foi criada para pagar os tributos atinentes a fomentação de negócios da instituição/associação. Esse modelo híbrido é o segredo do nosso sucesso de agora.
De que forma a BRICS-PED ajuda na relação do Brasil com os outros países?
Os integrantes do BRICS conseguem resolver suas diferenças e criar um bloco homogêneo, pronto para brigar com seus “concorrentes”? Somos uma Câmara de Promoção e Desenvolvimento Econômico. Auxiliamos com cursos, palestras, eventos culturais, missões empresariais e principalmente atuamos como um departamento internacional completamente “turnkey” para as empresas.
Este por exemplo nossa instituição realizará no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o 1 Fórum Internacional de Transportes e Sustentabilidade Brasília com a Golden Chariot International Awards, onde teremos representantes de 50 países no segmento de transporte e sustentabilidade, tecnologias voltada para tal segmento que participarão de um amplo fórum internacional com uma cerimônia de encerramento onde as principais empresas do segmento serão laureadas por seus projetos.
A 4a. estação totalmente sustentável de metrô do mundo pouca gente pode saber, mas é a estação Guariroba em Brasília onde há uma mini usina de energia solar instalada. Tal estação recebeu o prêmio ano passado que aconteceu na ONU e tive o privilégio de participar, defender a tese e receber o prêmio representando o METRO/DF. É muito importante retornarmos nossas atenções aquilo de bom que temos e valorizar nossa capacidade de inovar frente aos inúmeros desafios que vivenciamos no nosso país. Temos gestores competentes e podemos pensar em um ambiente mais leve para que as futuras gerações tenham um horizonte melhor.
Como é para você fazer parte de uma organização grande e importante como a BRICS-PED?
Uma honra e projeto de vida. Poucos sabem mas fui protagonista em boa parte da fundação da BRICS-PED. Na época o presidente da organização era Walter Costa Porto, advogado e ex-ministro do TSE. Hoje possuímos em nossa presidência o ex-senador Antônio Aureliano, filho do ex-presidente da República Aureliano Chaves.
Temos em nossos quadros pessoas tão imponentes que sou muito grato a todos pelos conselhos, palavras e convivência dos que no BRICS-PED estiveram, e daqueles que hoje fazem parte seja no Brasil, seja no exterior. Assim hoje temos presença em China, Rússia e Estados Unidos além do Brasil. Espero terminar meu trabalho de ampliação muito em breve em Índia e África do Sul, país onde temos esse ano a Cúpula dos BRICS.
Colaboração Débora Oliveira
