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Coluna Marcelo Chaves
Coluna Marcelo Chaves

Bate-papo com o ator e empreendedor Felipe Titto

Marcelo Chaves

05/10/2018 15h32

Fotos: Reprodução

O ator e apresentador Felipe Titto esteve em Brasília na semana que passou para participar de um concorrido seminário voltado para os negócios da moda. Atencioso, ele recebeu a coluna e conversou sobre principais desafios e acertos de um empreendedor.

A carreira de Felipe começou em 2004, mas foi no ano seguinte, em 2005, que Titto ficou conhecido ao participar de Malhação, na Globo. Atuou, recentemente, como Odair na novela “O Outro Lado do Paraíso”, e na dramaturgia, ele soma diversos trabalhos.

Pai, ator, apresentador, influencer, artista circense, chef de cozinha, empresário e empreendedor, Felipe Titto é um dos nomes mais requisitados pelo mercado publicitário, além de ser um dos principais astros da atualidade. Confira  a entrevista.

Podemos falar que de certa forma você é uma pessoa empreendedora? De onde surgiu essa vontade de ser um empreendedor e trabalhar com empresas? Empreender pode ser considerado um dom?

Empreender tem um pouco dos dois lados. Você pode de fato ter um dom, mas não adianta ter talento se não souber como trabalhar. Tem muita gente talentosa cheia de frustrações e tem muita gente talentosa sem proatividade para fazer o talento virar alguma coisa, tanto de retorno financeiro quanto credibilidade. Acredito em dom, mas ele é apenas uma das peças. É uma ferramenta e se você não souber usar, não serve para nada.

O empreendedorismo começou na minha vida por uma questão de não querer virar refém da carreira artística. A arte é um segmento muito instável, então não tinha estabilidade financeira no meu trabalho. Pensei, “não posso ser refém disso”, de trabalhar esporadicamente. Precisava ter uma base e então comecei a empreender. Abri negócios para que minhas necessidades fossem supridas quando o mercado artístico estivesse em falta, assim comecei a empreender.

Você é uma pessoa que está na mídia. O seu trabalho atinge um grande público, isso de alguma forma te atrapalha? Qual o ponto negativo e o ponto positivo em ter duas carreiras tão distintas?

É uma faca de dois lados. Uma vez saiu uma matéria que dizia que eu era um dos caras mais ricos do Brasil. Divulgar uma informação dessas é algo muito irresponsável. Acontece uma glamourização da profissão. Isso até afeta as coisas das minhas empresas e episódios desse tipo me tiram a possibilidade de pedir um desconto por exemplo. Outro dia falaram isso para a minha arquiteta. Ela tentou negociar e a pessoa questionou sobre a matéria. A profissão me deixa vulnerável a esse tipo de coisa, e esse é o ponto negativo.

O ponto positivo de ser uma figura midiática na hora de empreender é que consigo atingir um grande público mais rápido do que uma empresa convencional. Não preciso pagar a publicidade por que a publicidade sou eu, o veículo grande sou eu, portanto não preciso anunciar em revista pois tenho o meu Instagram aberto, que tem quase 5 milhões de seguidores.

Você transita em diferentes mercados e segmentos. Como é a escolha das empresas que você cria e investe?

Todas as empresas e tudo que me disponho a fazer, tem alguma coisa haver com determinada fase da minha vida ou algo que tenha um mínimo de propriedade e embasamento. O estúdio de tatuagem, não tinha como não ter propriedade em relação ao assunto, pois tenho diversas tatuagens. O restaurante, sou cozinheiro, a academia, fui e sou atleta há mais de 20 anos. Tenho um agência de gerenciamento artístico, pois trabalho com arte há muitos anos.

Todas as empresas eu tenho alguma coisa de identidade dentro do segmento, talvez uma ou outra coisa que eu vá me meter a besta e falar “deixa eu ver o que acontece”, mais na maioria delas eu já vivi alguma experiência relacionada ao segmento.

Você tem alguma dica para quem de alguma forma deseja ser uma pessoa empreendedora?

Pense fora da casinha e saia da caixa. Dentro da zona de conforto ninguém conseguiu fazer diferente e se você quer, tem que fazer diferente. Para ter o que todo mundo quer, você precisa fazer o que ninguém fez.

Colaboração de Débora Oliveira

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