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Coluna Marcelo Chaves
Coluna Marcelo Chaves

A arte de Simone Mattar

Marcelo Chaves

17/06/2016 18h22

A artista plástica Simone Mattar vem ganhando destaque com seu trabalho de food design. Ela já realizou mais de 20 exposições no Brasil e no mundo e chegou a criar o conceito de “gastroperformance”, apresentação que une gastronomia com diversas manifestações artísticas. Com formação em Design e Arquitetura, Simone une suas paixões para criar intervenções marcantes e que provoquem reflexões. Confira a entrevista exclusiva sobre a carreira da artista:

Como você comeSimone Mattarçou a ver a comida como base para sua arte?

Eu adoro cozinhar. Cozinho desde os 8 ou 9 anos, mas nunca tinha juntado isso na minha cabeça. Achava que arte e comida tinham relação por causa das cores, misturas e também por no ato de cozinhar ser preciso tomar decisões estéticas, mas nunca pensei que poderia fazer algo ligado a isso. Depois que fiz faculdade de Arquitetura e Design, comecei a mexer com o design de restaurantes e passei a ver as coisas mais integradas. Não tinha um cliente que pudesse me oferecer um trabalho que integrasse isso então resolvi me aventurar por conta própria.

Qual é o diferencial das suas criações dos outros artistas que trabalham com alimentos?

Meu propósito é uma intervenção no ato de comer. É criar uma situação de reflexão sobre a ação. É diferente de um artista que utiliza comida como matéria prima para expressar sua arte, fazendo um quadro com feijões ou algo do tipo.

Qual sua maior fonte de inspiração na hora de criar uma obra?

Mudou bastante com o tempo, principalmente nos últimos três anos. Geralmente, gira entorno de questões reais da vida e como transformar isso no ato de comer. Música, teatros, livros, artistas, tudo o que você puder imaginar influencia porque a arte tem muito a ver com as situações reais que a gente vive.

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Como é levar sua linguagem para fora do Brasil? Eles recebem bem a proposta?

Já fiz exposições na Ucrânia, Líbano, Beirute, Londres, Bielorrússia, Espanha e alguns outros lugares. Está indo melhor lá fora do que no Brasil. O exterior tem uma abertura maior para linguagens mais alternativas e as pessoas estão entendendo essas estéticas como uma forma de arte e abordando a proposta.

Você está preparando algum projeto futuro?

Atualmente, estou trabalhando em uma exposição sobre escravidão para a Colômbia. Tenho a intenção de trazer para o Brasil posteriormente.

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Simone Mattar entre Marcos Pilli, a princesa Lelli de Orleans e Bragança e German Carmona no lounge da Air France na SP Arte

Simone Mattar entre Marcos Pilli, a princesa Lelli de Orleans e Bragança e German Carmona no lounge da Air France, na SP Arte 2016, onde expôs o seu trabalho

Fotos de Edna Marcelino e arquivo pessoal

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