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Histórias da Bola
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Rei coroado

Arquivo Geral

17/10/2017 14h10

1 – Pelé foi coroado na tarde do domingo 23 de novembro de 1969, no gramado do Mineirão, antes do jogo contra o Atlético-MG, pelo então Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão. Na quarta-feira, ele havia marcado o seu milésimo gol, diante do Vasco da Gama, no Maracanã, cobrando pênalti.

2 – Desde que situou a sua primeira partida pelo time principal do Santos – em 7 de setembro de 1956 – e entrou nos gramados pela última vez – em 31 de outubro de 1990, formando em um uma equipe chamada de “Amigos de Pelé” – o “Rei” tem uma detalhe importante em sua trajetória: só atuou uma vez na data 1º de julho. Amistosamente, no 1 x 0, sobre a União Tijucana, de Ituiutaba, cidade do Triângulo Mineiro, em 1973.

3 – Aquela foi uma das sete praças mineiras a receberem visita do “Camisa 10”, que mostrou a sua classe em Lavras, Três Corações, Belo Horizonte Juiz de Fora, Uberlândia, Uberaba e Poços de Calda. Pelo jornal “Cidade de Ituiutaba”, de 5 de julho de 1973, em tema relembrado pela “Gazeta do Pontal de Minas”, os pesquisadores e Gláucio Castro Professor Teco contam que a “Turma do Rei” chegou à terra às 13h do sábado, véspera da partida, e hospedou-se no Hotel Gardênia.

4 – No domingão mais animado da vida esportiva tijucana, o estádio Fazendinha recebeu o dobro da sua capacidade, de 18 mi espectadores. Quem não consegui entrar, subiu em caminhões de transporte de bois, colocados perto dos muros. E, dali, gritou “uuuuhhh!”,quando o arqueiro Nélson impediu Pelé de marcar um gol. O único teve autoria do zagueiro Marinho Peres, cobrando falta e contando com a ajuda do “montinho artilheiro”segundo os historiadores

5 – Relatam, ainda, Teco e Gláucio, que, após o jogo, Pelé e a sua turma foram para a Churrascaria do Assis, onde uma foto do “Rei” segue chamando a atenção dos visitantes. A que você vê acima foi emprestada a eles por Durval Cavalcanti, um dos participantes do amistoso. Um outro que aparece no retrato, Dejaniro Sebastião de Paula, foi zagueiro, capitão do time e o responsável pela marcação a Pelé. “Ele tinha facilidade de carregar a bola com o pé direito, mas se você viesse marcá-lo por este lado, passava para o pé esquerdo, com a mesma facilidade. Era um jogador difícil de ser marcado”, contou o ex-atleta, que já havia topado com o craque em seus tempos de Botafogo de Ribeirão Preto.

6- Por aquela época, Pepe (José Macia), que fora colega do “Rei” em um ataque arrasador (Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe), era o treinador. Seu time foi: Cejas; Hermes, Marinho Peres, Vicente e Zé Carlos; Léo, Brecha e Pelé; Jair da Costa, Euzébio e Ferreira. A Tijucana teve: Nelson, Durval, Carlos Martins, Dejaniro, Jaci, Marron, Marquinhos, Luis Marques e Canhoto; Léo e Lôro. Técnico: Oldair Tito. O juiz foi José Marcio da Costa, da Federação Paulista de Futebol, o público pagante de 18 mil e a renda de Cr$ 205.000,00 (cruzeiros).

7 – Pela edição de 19 de novembro de 2009, o jornal carioca “Lance” prestou uma homenagem ao “Rei do Futebol”, sobre os 40 anos do “Gol Mil”, marcado na noite do 19 de novembro de 1969, no Maracanã, cobrando pênalti, contra o Vasco da Gama. Para que os leitores soubessem mais, o diário disponibilizou o link www.lancenet.com.br/pele-gol-mil. E publicou esta infografia, entregando os times que foram as maiores vítimas do maior goleador brasileiro, que se declara torcedor vascaíno.

8 – Pelé chegou ao milésimo gol aos 29 anos de idade, com a média de 1,09 tento por peleja. Diante do time pelo qual torcida, tinha marcado apenas nove, até aquela data. A matéria do ‘Lance” destacou, também, um gol marcado por Pelé, em 21 de novembro de 1964, debaixo de chuva fina, na Vila Belmiro. Fora o seu oitavo, nos 11 x 0 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto, pelo Campeonato Paulista diante de 9 mil almas. O primeiro tempo terminou em 7 x 0, com cinco bolas no barbante mandadas pelo “Camisa 10”. Depois do jogo, eleito o melhor em campo, Pelé recusou a homenagem, e considerou que o goleiro do “Botinha”, Galdino Machado, era o merecedor daquilo. Segundo ele, evitara uma goleada de uns 20 e tantos gols. Coisa de “Rei”, bem lembrada pelo “Lance”, que entrevistou o goleirão, para produzir aquele belo material jornalístico.

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