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Histórias da Bola
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O quinteto do Rei

Arquivo Geral

01/10/2017 11h22

Gustavo Mariani

1 – Pela “Revista do Esporte” Nº 332, de 17.07.1995, Pelé elegeu Brasil 5 x 2 França, da Copa do Mundo-1958, a sua terceira melhor apresentação. “Fiz minha melhor partida naquela Copa…É difícil explicar as razões…Marquei três gols, que não foram difíceis nem bonitos. Foram, simplesmente. gols. Mas creio que, talvez, por aparecer como goleador para o mundo, já que fora o artilheiro do Campeonato Paulista. Naquela partida tudo dava certo. Recuava, conseguia dominar a bola, passava-a bem e driblava com facilidade. Por tudo isso consegui fazer três gols”, comentou.

2 – Brasil 5 x 2 França, em 24 de junho, foi no estádio Rasunda Solna, em Estocolmo, semifinal assistida por 27 mil pagantes. Benjamin Mervyn Grifiths, do País de Gales, apitou e os gols canarinhos foram marcados por Vavá, aos 2; Didi, aos 9; Pelé, aos 52, aos 64 e aos 75 minutos. O técnico Vicente Feola mandou a campo: Gilmar; De Sordi e Bellini; Nílton Santos, Zito e Orlando; Garrincha,. Didi, Vavá, Pelé e Zagallo.

3 – Após 113 jogos e 95 gols, Pelé deixou o time canarinho. Vestiu a sua camisa 10 pela última vez, em 18 de julho de 1971, no Maracanã diante de 138.573 pagantes, que gritaram “fica, fica”, ao final do primeiro tempo, quando ele fez a volta olímpica de despedida. Naquela tarde de domingo, o “Rei do Futebol” não balançou a rede no jogo transmitido, pela TV, para os Estados Unidos (o presidente Richard Nixon enviou-lhe uma mensagem), a América Latina e a Europa.

4 – Os adversários entregaram a Pelé uma condecoração, da Ordem da Bandeira da Iugoslávia (país já inexistente), e os companheiros da Seleção Brasileira ofereceram as suas camisas. Evidentemente que, chorão como sempre foi, Pelé não segurou as lágrimas de emoção. Saiu de campo totalizando 84 vitórias, 16 empates e 14 derrotas em suas 114 partidas contra seleções nacionais (91), estaduais, combinados e clubes (23). No segundo tempo, Pelé assistiu ao jogo da tribuna de honra, enquanto o gaúcho Claudiomiro, jogador do Internacional, o substituía.

5 – Na despedida de Pelé da Seleção Brasileira, os iugoslavos abriram o placar, aos 34 minutos, por Djazic. Rivellino empatou, aos 59, e Gérson virou o placar, aos 65. Mas Jerkovic voltou a igualar o marcador, aos 69. De sua parte, Pelé disparou vários chutes ao gol, com um deles fazendo a bola raspar a trave. Na verdade, o programa da despedida havia começado no dia 11, quando houve um amistoso, no Morumbi, em São Paulo, que terminou no 1 x 1 com a Áustria, e o “Camisa 10” marcou o seu último gol canarinho. Confira as fichas técnicas das duas partidas.

11.07.1971 – Brasil 1 z 1 Áustria. Estádio: Cícero Pompeu de Toledo, o chamado Morumbi, em São Paulo. Juiz: John. Taylor (ING). Público: 99.902 pagantes. Gols: Pelé, aos 32, e Jara, aos 51 minutos. Público: 99.902 pagantes. BRASIL: Félix, Zé Maria, Brito, Piazza, Everaldo (Marco Antônio). Clodoaldo e Gérson, Zequinha, Tostão, Pelé (Paulo César Caju), Rivellino. Técnico: Mário Jorge Lobo Zagallo. ÁUSTRIA: Ettensteiner, Schmidradner, Stumberger, Eigenstiller, Jagodic, Hickersberger, Hof, Ettmayer, Kodat, Stering e Jara. Técnico: Leopold Stastny.

18.07.1971 – Brasil 2 x 2 Iugoslávia. Estádio: Mário Filho, o Maracanã, no Rio de Janeiro. Juiz: Vital . Loureaux (BEL). Público: 138.573 pagantes. Dzajic, aos 34, Rivellino, aos 59, Gérson, aos 65, e Jerkovic, aos 69. BRASIL: Félix, Zé Maria (Eurico) Brito, Piazza e Everaldo (Marco Antônio); Clodoaldo e Gérson; Zequinha, Vaguinho, Pelé (Claudiomiro) e Rivellino. Técnico : Mário Jorge Lobo Zagallo. IUGOSLÁVIA : Vukcevic, Ramljak (Antonijevic), Paunovic, Holcer, Stepanovic, Pavlovic, Oblak, Acimovic ,Petkovic (Bjekovic), Filipovic (J. Jerkovic), Dzajic. Técnico : Vujadin Boskov.

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