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Histórias da Bola
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Jacaré 17

Arquivo Geral

30/05/2017 15h13

Esta foi mais uma grande jornada do que se pode chamar de “time a jato”. Fundado em 1º de agosto de 2.000, o Brasilense Futebol Clube papou o Candangão da Série B-2.000, subiu à elite da bola-DF e tornou-se bi, em 2004/2005. Mais: ganhou os Brasileiros das Séries C e B, em 2002/2004, respectivamente, e surpreendeu o país, ficando vice-campeão da Copa do Brasil-2002, prejudicado por uma arbitragem que favoreceu o Corinthians, no jogo de ida, em São Paulo.

Na temporada-2005, o “Jácaré”, como seu chefe, o ex-senador Luís Estevão, o apelidou, conquistou o bi da terra, em grande estilo. Decidindo o título, no Serejão, mandou 3 x 0 no Gama. Indiscutíveis. Festa que não demorou a começar. Aos 12 minutos, o lateral-esquerdo Márcio serviu Iranildo, que deixou Marcelinho Carioca olhos nos olhos com o goleiro gamense. Ângelo salvou o gol, mas deu rebote para Ianildo, o “Chucu”, principal artilheiro do time, abrir o placar e marcar o seu oitavo gol no campeonato. E ficou por aquilo o primeiro tempo.

Na etapa final, aos 14 minutos, o camisa 10 Iranildo cruzou bola na medida para Igor endereça-la ao canto direito da trave alviverde. Por ali, a galera já começou a gritar “bicampeão, bicampeão”. Aos 17, o número da sorte do chefão Luís Estevão, o técnico Valdyr Espinosa mandou Giovani a campo, com a camisa 17. E ele entrou e marcou o gol anotado na súmula, pelo árbitro Jamir Garcez, como tendo sido aos 17 minutos da partida do dia 17 de abril. Assim que pegou na bola, lançado por Iranildo, o carinha mandou-a para o mesmo canto direito por onde havia passado no gol anterior.

Malmente o apito final foi ouvido, a torcida invadiu o gramado, promovendo bagunça tão grande, que tornou-se impossível aos bicampeões candangos fazerem a volta olímpica. A galera arrancava meiões, calções e camisas dos jogadores. Foi difícil para o capitão e zagueiro Jairo receber o “caneco” lhe entregue pelo Secretário de Esportes do Governo do DF, Weber Magalhães, hoje, presidente do Gama.

Pior, ainda, foi a entrada da rapaziada no vestiário. Os “comemorantes” rolavam tapinhas e empurrões e cercavam Marcelinho Carioca, famoso por ter jogado pelo Flamengo, Corinthians e Seleção Brasileira, e Iranildo, ex-Flamengo e Botafogo, e o grande nome da campanha. Para a turma sair dali e rumar para uma churrascaria, onde comemoraria o “caneco”, a segurança do “Jaca” teve de organizar cordão de isolamento. Marcelinho, o mais protegido pelos “homens”, dizia aos repórteres que as quatro vitórias no quadrangular haviam saído durante as preleções de Espinosa, momentos antes das partidas. “Ele elevou a nossa auto-estima”, garantida. De sua parte, Tiano considerava-se “tri”, invocando que fora campeão candango-2002, pelo CFZ.

O principal pega candango teve 6.191 pagantes e grana de R$13.684, com os bi formando assim: Donizete; Dida, Padovani, Jairo e Marcio (Rochinha); Deda, Robston, Marcelinho Carioca e Iranildo: Igor (Leandro Tavares) e Giovani (Tiano). O Gama, armado pelo técnico Ivan Araújo e pelo qual haviam jogador Jairo, Rochinha, Deda e Robston, alinhou: Ângelo; Patrick (Cleiton), Cabrerizo, Emerson e Bobby; Agenor, Goeber (Erivaldo), Diego e Wesley; Victor e Mais ( Da Silva)

Bi faturado, o próximo desafio do Brasiliense seria estrear no Campeonato Brasileiro da Série, A, contra o Vasco da Gama, em tarde de domingo, no velho Mané Garrincha, jogo em que rolo um tremendo rebu no “tapetão” , envolvendo Procon, “laranjas” e muito bate-boca. Assunto para uma outra coluna.

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