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Histórias da Bola
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Histori&lendas do ‘REI’

Contam-se tantas coisas sobre Pelé que já fica difícil saber do que é real e ficção. Vejamos:

Gustavo Mariani

27/11/2021 10h50

Foto: Divulgação/Santos FC

1 – É bastante contado que Bellini, Nílton Santos e Didi, os principais líderes da Seleção Brasileira de 1958, foram pedir ao treinador Vicente Feola para escalar Pelé (e Garrincha), na partida de 15 de junho, contra a então União Soviética. Há historiadores garantindo que o “Gordo” bancou a escalação dos dois, com a liberação do médico Hilton Gosling, que já havia bancado a ida de Pelé ao Mundial, afirmando que o garoto teria tempo para se recuperar de uma pancada sofrida, dias antes da viagem, em um amistoso contra o Corinthians.

A rapaziada havia vencido a Áustria, pro 3 x 0, na estreia, e empatado, na segunda rodada, por 0 x 0, com a Inglaterra. Portanto, teria que vencer a turma da CCCP, para não correr riscos. Além do mais, Dida e Joel Martins ficaram devendo mais futebol nas duas partidas em que entraram. O primeiro Pelé copeiro foi no estádio Nya Ullevi, em Gottemburgo, diante de 51 mi espectadores. Ele não marcou gol, tendo isso sido feito por Vavá, aos 3 e aos 76 minutos. O jogo teve apito do francês Maurice Guige, enquanto o escrete brasileiro, com camisas amarelas, calções azuis e meias brancas, formou com: Gilmar, De Sorte e Bellini; Nílton Santos, Zito e Orlando; Garrincha, Didi, Vavá, Pelé e Zagallo.

2 – Em 21 anos de carreira, Pelé só entrou em campo uma vez na data 16 de junho. Foi quando já estava em fim de linha, defendendo o Cosmos, dos Estados Unidos. No junho de 1976, o “Rei do Futebol” marcou um gol, mas o seu time caiu ante o Boston Minutemen, por 3 x 2, pelo campeonato do país. Aquela foi a sua 42ª partida pelo time de Nova York.

3 – Na data 21 de junho, a do tri na Copa-70, no México, Pelé disputou 10 jogos, juntando partidas do Santos e da Seleção Brasileira – antes, ele havia levado o caneco dos Mundiais de 1958, na Suécia, e de 1962, no Chile. Anote: 21.06.1959 – Santos 4 x 1 Botafogo (1 gol); 21.06.1961 –Santos 5 x 0 Roma-ITA (2); 21.06.1966 – Seleção Brasileira 5 x 3 Atlético de Madrid-ESP (3); 21.06.1968 – Santos 4 x 2 Napoli –ITA (1); 21.06.1969 – Santos 0 x 0 São Paulo; 21.06.1970- Seleção Brasileira 4 x 1 Tchecoeslováquia (1); 21.06.1972 – Santos 3 x 2 Seleção da Indonésia (1).

4 – Para ser tri mundial, o “Rei do Futebol”, Pelé estreou goleando a então Tchecoeslováquia, por 4 x 1, em 3 de junho de 1970, no estádio Jalisco, em Guadalajara, diante de 52.897 pagantes. Ele marcou um gol, o segundo dos canarinhos, aos 59 minutos – seu jogo 945 e seu 1.027 tento – os demais foram de Rivellino, aos 24, e de Jairzinho, aos 64 e aos 82 minutos. O jogo foi apitado pelo uruguaio Ramón Barreto e o treinador Mário Jorge Lobo Zagalo mandou a campo: Félix; Carlos Alerto Torres, Brito, Wilson Piazza e Everaldo: Clodoaldo e Gérson (Paulo César “Caju”);Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivellino.

5 – De acordo com Zagallo, ponta-esquerda na Seleção Brasileira de 1958, a que conquistou, na Suécia, a primeira Copa do Mundo dos brasileiros, a numeração dos jogadores foi elaborada pelo número das malas que cada um carregava. E a de Pelé era a 10. A outra versão diz que a Confederação Brasileira de Desportos não enviou a numeração à FIFA e que um servidor da entidade, um uruguaio, escolheu os números conforme pegava cada ficha.

6 – Pela “Revista do Esporte” Nº 332, de 17 de julho de 1995, Pelé elegeu a partida em que a Seleção Brasileira venceu a França, por 5 x 2, pela Copa do Mundo de 1958, como a sua terceira melhor apresentação. Contou ele ao semanário: “Fiz minha melhor partida naquela Copa. …É difícil explicar as razões…Marquei três gols, que não foram difíceis nem bonitos. Foram simplesmente gols. Mas creio que, talvez, por aparecer como goleador para o mundo, já que fora o artilheiro do Campeonato Paulista. Naquela partida tudo dava certo. Recuava, conseguia dominar a bola, passava-a bem e driblava com facilidade. Por tudo isso consegui fazer três gols”.

7 – Brasil 5 x 2 França, em 24 de junho daquele “cinco-oitão”, rolou no estádio Rasunda Solna, em Estocolmo, e uma semifinal assistida por 27 mil pagantes. Benjamin Mervyn Grifiths, do País de Gales, apitou e os gols canarinhos foram marcados por Vavá, aos 2; Didi, aos 9; Pelé, aos 52, aos 64 e aos 75 minutos. O técnico Vicente Feola mandou a campo: Gilmar; De Sordi e Bellini; Nílton Santos, Zito e Orlando; Garrincha,. Didi, Vavá, Pelé e Zagallo.

8 – Pela edição de 19 de novembro de 2009, o jornal carioca “Lance” prestou uma homenagem ao “Rei do Futebol”, sobre os 40 anos do “Gol Mil”, marcado na noite do 19 de novembro de 1969, no Maracanã, cobrando pênalti, contra o Vasco da Gama. Para que os leitores soubessem mais, o diário disponibilizou o link www.lancenet.com.br/pele-gol-mil. E publicou infografia, entregando os times que foram as maiores vítimas do maior goleador brasileiro, que se declara torcedor vascaíno.

Pelé chegou ao milésimo gol aos 29 anos de idade, com a média de 1,09 tento por peleja. Diante do time pelo qual torcida, tinha marcado apenas nove, até aquela data. A matéria do ‘Lance” destacou, também, um gol marcado por Pelé, em 21 de novembro de 1964, debaixo de chuva fina, na Vila Belmiro. Fora o seu oitavo, nos 11 x 0 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto, pelo Campeonato Paulista diante de 9 mil almas. O primeiro tempo terminou em 7 x 0, com cinco bolas no barbante mandadas pelo “Camisa 10”. Depois do jogo, eleito o melhor em campo, Pelé recusou a homenagem, e considerou que o goleiro do “Botinha”, Galdino Machado, era o merecedor daquilo. Segundo ele, evitara uma goleada de uns 20 e tantos gols. Coisa de “Rei”, bem lembrada pelo “Lance”, que entrevistou o goleirão, para produzir aquele belo material jornalístico.

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