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Histórias da Bola
Histórias da Bola

Ama líder do Brasileirão

Arquivo Geral

01/06/2017 17h09

Certa vez, os ‘brasilienses’ Nélson Pìquet e Roberto Pupo Moreno conquistaram os dois primeiros lugares de um GP da Fórmula-1, com o segundo colando e fazendo a corrida do primeiro. Além de estabelecer a volta com o melhor tempo. Como o Moreno não era piloto de ponta na categoria, a marca foi um espanto. Então, o narrador da TV que transmitia a prova disse: “O que vale é o que vai para o caderninho”.

Histórias assim já rolaram, também, no futebol, envolvendo um time candango. Foi durante a noite de 2 de agosto de 2000, no velho Estádio Mané Garrincha. Empolgada pela estreia vitoriosa no Campeonato Brasileiro da Série A, vencendo o América–MG (1 x 0), mais de 30 mil torcedores gamenses compareceram à partida noturna, apitada pelo mineiro Márcio Rezende de Freitas. O adversário era o favorito Fluminense e este ameaçou cumprir o eu estava escrito, abrindo o placar.

Por ali aconteceu mais uma história. O Gama jogava bem e esperava-se que marcasse um gol seu a qualquer momento. No entanto, os zagueiros Gérson e Jairo falharam em uma saída de bola, do que se aproveitou o atacante visitante Magano Alves par roubar a “maricota e manda-la aninhar-se lá onde a coruja dorme”, como diriam os “speakers” de antigamente.

Que “ducha de água fria!” – mais uma gíria do passado. No entanto, o time gamense, que já havia criado três chances de balançar a rede, reagiu rápido. Aos 24 minutos, o goleiro Murilo voltou a salvar a “cidadela tricolor”, mas sobra de bola fez Romualdo empatar, aos 24 minutos: 1 x 1.

Três minutos depois, o lateral-direito Paulo Henrique cruzou bola na área, na medida para o meia William, o melhor do time do DF partida, marcar um belíssimo gol, de voleio: Gama 2 x 1, de virada, resolvendo a parada no primeiro tempo. Mais? Terminou a partida com um jogador a menos, porque Caçapa foi expulso de campo.

Terminadas a segunda rodada, o Gama era o líder do Brasileirão, com seis pontos ganhos, ao lado do Goiás. Na época, seu time era tetracampeão candango, comandado pelo treinador Vagner Benazzi e o gol de William foi destaque em todos os programas esportivos das TVs.

Detalhe: rigorosamente, a torcida gamense não poderia cartar e dizer que o seu time liderava o Campeonato Brasileiro, pois a disputa daquele ano recebera a denominação de Copa João Havelange, para driblar a FIFA, devido motivos políticos que embananavam o futebol canarinho. O principal deles: a vaga do Gama na Série A fora conquistada na Justiça comum. Os cartolões do futebol nacional queriam tirá-lo da elite, para o Botafogo não ser rebaixado.

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