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Rematch: o “Rocket League sem carros” que chegou chutando a porta

Apostando no caos criativo, Sloclap troca artes marciais por dribles insanos em um jogo de futebol multiplayer que já conquistou milhões

Karol Scott Lucena

27/06/2025 17h03

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Foto: Divulgação

Quem me acompanha já sabe: sou apaixonada por futebol! O esporte faz parte da minha vida desde a infância e sempre foi um elo forte entre mim, meu pai e meu irmão mais velho. Então, foi fácil me interessar por Rematch, a nova aposta da Sloclap — os mesmos criadores de Sifu. A surpresa foi ver que o jogo também chamou atenção de muita gente que acompanho online. Se você curte uma disputa acirrada, partidas rápidas, jogabilidade afiada e aquele caos gostoso que só quem joga online entende, vale dar uma chance para Rematch. Um jogo de futebol? Sim, mas não do jeito que você está acostumado.

Lançado em 19 de junho, Rematch já colocou mais de 2,5 milhões de jogadores em campo e vendeu mais de 1 milhão de cópias apenas no primeiro fim de semana. O Game Pass também deu aquele empurrão: segundo a própria Sloclap, ao menos 1,5 milhão de assinantes testaram o game nos primeiros dias — e eu fui uma deles. O sucesso imediato mostra que o estúdio não está brincando em serviço, e melhor ainda: eles prometeram manter o jogo vivo por muitos anos.

Mas aí vem a pergunta: o que Rematch tem de tão especial?

Para começar, esqueça a inteligência artificial controlando os outros jogadores. Aqui, cada pessoa comanda apenas um atleta, e não há posições fixas: todo mundo pode circular livremente pela quadra. As partidas podem ser 3×3, 4×4 ou 5×5 (este último é o modo ranqueado), e a comunicação entre o time é tão importante quanto a habilidade no controle. Porque correr, driblar, interceptar e finalizar é só parte do desafio — entrosamento é essencial. Sozinho, ninguém faz milagre. Né, seleção brasileira? (cof cof)

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Foto: Divulgação

A jogabilidade é dinâmica e cheia de possibilidades. Com o tempo, os comandos se tornam intuitivos e você percebe que o jogo é fácil de começar, mas difícil de dominar. Confesso que estranhei quando precisei reaprender ações que já faço naturalmente em qualquer jogo de futebol. Mas é aí que entra a vibe Rocket League — e a comparação não é por acaso. A própria Sloclap brincou no X (ex-Twitter), dizendo que Rematch é “futebol (sem carros)”. A diferença é que aqui a disputa é com os pés e o corpo, e a quadra é cercada por uma parede invisível que permite jogadas criativas, dribles malucos e gols no improviso.

Esqueça impedimento, falta ou pênalti. A regra é clara: não tem regra. Essa liberdade transforma cada partida numa experiência única. São seis minutos por jogo e, se empatar, o famoso gol de ouro define o vencedor.

Num cenário onde os simuladores de futebol são dominados por EA Sports FC e eFootball, ver um jogo como Rematch se destacar é um refresco — e a gente tava precisando. O último respiro criativo assim talvez tenha sido o saudoso Fifa Street.

A Sloclap provou que não está presa a um único gênero. Depois de entregar um baita single player com Sifu, agora acerta também no multiplayer. E se o começo já foi esse sucesso todo, fica a expectativa: até onde esse jogo pode chegar?

Se ainda não testou, dá uma chance. Vai por mim: Rematch é caótico, viciante e divertido demais. E, do jeito que está crescendo, a tendência é só melhorar. Me chama pra jogar com você?

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