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Game Life
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Console sem noção

Marca de cigarro famosa já teve um console e um jogo

Karol Scott Lucena

29/07/2022 19h50

Atualizada 03/08/2022 13h47

Fiquei pasma quando um seguidor me mandou essa sugestão de tema e me contou um pouco sobre um tal console que já havia estampado uma marca de cigarro.

Precisando saber mais sobre isso, fui pesquisar!

Nos anos 1990, os cigarros eram vistos como algo que pessoas descoladas e/ou sofisticadas usavam. Mas o público alvo era praticamente todo mundo. Com certeza você já deve ter visto alguma propaganda dos cigarrinhos de chocolates, caso não, a imagem abaixo é de uma das embalagens. Só ver uma criança na caixa de um produto como esse, já dar para ter uma noção de como eram as coisas, né?!

Era — e ainda é — normal uma marca estampar suas logos em itens que não eram seu produto principal. Então, se era algo normal, por que não uma marca de cigarros estampar um console? Foi o que a Phillip Morris International pensou e acreditou ser uma ótima ideia.

Aparentemente, mulheres preferiam Marlboro (virou cigarro de mulher e, naquele tempo, o machismo era muito maior se comparado aos dias de hoje) e por esse motivo, homens deixaram de comprar, causando impacto nas vendas. Algo precisava ser feito (puff)! Primeiro passo: criar algo mais masculino. Que tal um cowboy? Assim surgiu o Marlboro Man.

Mas então por que não buscar o público o quanto antes? Assim, estamparam a marca em toda uma gama de produtos direcionados ao público jovem: jaquetas, chapéus, camisetas e vários outros itens do catálogo Marlboro. Esses itens poderiam ser resgatados com fichas que eram ganhas a cada compra de maços de cigarros.

Nada disso, porém, supriu o desejo da empresa de alcançar diferentes públicos. Para eles, quanto mais cedo o contato de alguém com a marca, mais fácil vender o produto no futuro (será?) Surgiu, então, um console portátil da Atari, o Lynx, e foi aí que Phillip Morris teve a ideia de criar um também.

Marlboro Atari Lynx teve apenas 50 unidades fabricados. Ele é tão raro que chega a ser um absurdo o valor pelo qual é vendido.

Ainda não satisfeito, criaram um jogo, que não tinha absolutamente nada a ver com o produto. O game era de motocross e se chamava Marlboro Go. Não surpreendentemente, era ruim, chato, com música repetitiva e efeitos sonoros fracos. Confira no vídeo abaixo:

Não sei pra você, mas, para mim, saber disso foi chocante.

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