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Futebol ETC
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Pedrinho descobriu agora que a única tarefa do presidente do Vasco é comprar cloro para a piscina

O ex-comentarista do SporTV desabafou: “Sei que , como presidente, sou minoritário, tenho 30%; não concordo com quase nada nesse contrato de SAF”

Marcondes Brito

11/04/2024 6h43

Reprodução/X

No dia 14 de setembro do ano passado, Pedro Paulo de Oliveira, o ex-jogador Pedrinho, de 46 anos, surpreendeu a todos quando anunciou que estava pedindo demissão do cargo de comentarista do SporTV.

“Hoje estou saindo do grupo Globo em busca de novos projetos. Uma casa que me deu a oportunidade de mostrar meu conteúdo, que me permitiu comentar em jogos e programas e perceber que após a carreira de atleta é possível ser feliz nessa profissão. Quero agradecer a todos da empresa que ao longo desses 4 anos me permitiram realizar muitos objetivos profissionais. Obrigado, SporTV e Globo”,  escreveu em seu perfil no Instagram.

Pedrinho tinha um plano: ele queria disputar a presidência do Vasco da Gama. E o objetivo foi alcançado, quando elegeu-se no dia 11 de novembro, com 3.372 votos contra 1.844. Era um sonho realizado para o ex-atleta revelado no clube cruzmaltino. 

Mas o sonho parece ter virado pesadelo, porque Pedrinho está absolutamente desiludido com a falta de autonomia que o cargo lhe confere, por causa do contrato de SAF (Sociedade Anônima de Futebol), firmado com a firma norte-americana 777 Partners, há dois anos.

Em recente entrevista ao podcast “Futbolaço”, Pedrinho disse que não concorda em quase nada com essa parceria: 

“Fragilizado, contratualmente, ok, de falar o que quero falar. De sócio para sócio, eu falo o que eu quiser falar. Todas as verdades que eu quero. Essa rigidez e dureza que me cobram, internamente, no trato de sócio, em busca de um Vasco melhor, eu faço. Eu tenho zero vaidade. Sei que sou minoritário, tenho 30%. Não concordo com quase nada feito nesse contrato. Não fui eu quem fiz, mas entrei sabendo. O trato interno é duro. Fico indignado com muitas coisas. São cláusulas de confidencialidade que não foram feitas por mim”, desabafou Pedrinho. 

Muita grana em jogo 

Importante destacar que a 777 Partners já injetou mais de R$ 300 milhões no Vasco, desde que assumiu a SAF em 2022. Por contrato, a empresa ainda tem mais dois aportes para cumprir, neste ano e em 2025, totalizando os R$ 700 milhões que acordou pagar por 70% do futebol do clube. Evidentemente que os empresários norte-americanos não vão querer “dividir o palco” com Pedrinho ou quem quer que seja.

Pedrinho, aliás, deveria ter conversado direitinho com o seu antecessor, Alexandre Campello, que – em participação no 365 Scores  – definiu muito bem qual é a função do presidente do clube nesses tempos de SAF:

“O torcedor ainda não entendeu isso. O presidente do Vasco vai comprar cloro pra piscina, assistir basquete, reformar a Sede Náutica, comprar um remo novo, é isso que ele vai fazer. A representatividade no futebol é nenhuma”, esclareceu.

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