O Flamengo decidiu colocar sua patrocinadora máster, a Pixbet, contra a parede. Nesta segunda-feira (11), o clube ficou de notificar oficialmente a empresa sobre ter recebido uma proposta de outra casa de apostas disposta a assumir o espaço mais nobre da camisa rubro-negra. A manobra, revelada pelo Poder360, deixa clara a intenção de pressionar o atual parceiro em busca de um acordo mais lucrativo.
O contrato com a Pixbet é hoje o maior patrocínio máster do futebol brasileiro, prevendo R$ 105 milhões no primeiro ano, R$ 115 milhões no segundo e R$ 125 milhões no terceiro, além de bônus por royalties vinculados à FlaBet. Ainda assim, o Flamengo parece disposto a abrir espaço para quem pagar mais.
A estratégia não é nova. Exatamente dois anos atrás, publicamos aqui na coluna uma cena bem parecida com esta: o Banco de Brasília (BRB) era o patrocinador principal até ser surpreendido por uma proposta quase três vezes maior da própria Pixbet. O resultado? O BRB foi deslocado para a parte do homoplata da camisa, perdendo o posto de destaque para a nova parceira.
Agora, o clube parece usar o mesmo expediente — desta vez, contra quem antes foi beneficiado por essa política. Com cláusula de rescisão estimada entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões, a pressão sobre a Pixbet pode resultar em reajuste, troca de patrocinador ou, no mínimo, mais tensão nessa relação comercial.
O movimento reacende um debate: até onde vai a ética nas negociações de patrocínio no futebol, quando o parceiro de hoje pode se tornar o alvo da vez amanhã?