A polarização política no Brasil atingiu um patamar sem precedentes, causando rompimento entre amigos e parentes, além do “cancelamento” de produtos e até de artistas e atletas. O debate, definitivamente transbordou o cotidiano e parece que não tem hora para acabar.
Esta semana, numa entrevista a O Globo, o cantor e compositor Jorge Versillo contou um mal-entendido recente, envolvendo Lula e Bolsonaro, que, por sinal, fez com que ele se retirasse de uma das peladas que disputava com o Politheama, time de Chico Buarque.
Após ter sido questionado por Chico se era bolsonarista, o cantor teria dito: “Mas e se eu o apoiasse? Isso aqui é uma ditadura?”. No que começou uma discussão mais acalorada.
Antes de mais nada, o próprio Versillo esclarece que se identifica mais como de esquerda, mas argumenta que, justamente por ser de esquerda, se sentiu à vontade para questionar algumas coisas nela, assim como questiona muitas coisas na direita também.
“Essa coisa do fascismo não tem nada a ver comigo”, diz. “Não entra na minha cabeça essa ideia de que nossa família está sendo ameaçada pelo casal homoafetivo do andar de cima ou por um beijo gay na TV. Pelo amor de Deus, cara, que mente é essa?”, complementa.
E sobre a discussão com Chico Buarque, ele esclarece: “O que houve ali é que o Chico levantou uma questão, eu contestei e, no dia seguinte ele me mandou e-mail, dizendo que estava enganado, que não tinha nada a ver brigar e que eu era muito bem recebido lá”.
Não ficou claro se Jorge Versillo, afinal – apesar de se dizer esquerdista – tem alguma simpatia por Bolsonaro. Tampouco se voltou a jogar futebol com a animada turma do Politheama.
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