Uma postagem do perfil Transfer News Live, que repercute rumores do mercado internacional de transferências, espalhou-se nas redes sociais neste inicio de semana ao afirmar que o Manchester City estaria disposto a colocar 105 milhões de libras sobre a mesa para contratar o atacante Estêvão. Segundo o tweet, o clube inglês ainda estaria disposto a dobrar o salário do jogador, tratando-o como “o jovem mais empolgante do planeta”. A publicação atribui a informação ao site espanhol Fichajes. O mesmo post diz que o Chelsea seria fortemente contra qualquer tipo de venda.
Como ocorre com frequência no mundo das transferências, trata-se, até o momento, de uma especulação de mercado, que precisa ser tratada com cautela. Ainda assim, se os valores se confirmarem, o número chama atenção não apenas pelo impacto esportivo, mas sobretudo pela dimensão financeira do negócio e pela velocidade da valorização do jogador.
Estêvão foi vendido pelo Palmeiras ao Chelsea em junho de 2024 por um valor que pode chegar a 61,5 milhões de euros. Ele só apresentou-se pra trabalhar em agosto deste ano. A negociação foi estruturada com 45 milhões de euros fixos e outros 16,5 milhões de euros em metas. Na cotação da época, o total da operação girava entre R$ 358 milhões e R$ 359 milhões. Pelo acordo, o Palmeiras ficou com 70% do valor total da transferência, enquanto os outros 30% foram divididos entre o atleta e sua família.
Se agora o Manchester City realmente estiver disposto a pagar 105 milhões de libras, o valor equivaleria hoje a mais de 120 milhões de euros, praticamente o dobro da avaliação máxima feita na venda original ao Chelsea pouco mais de um ano atrás. Em termos de mercado, seria uma das maiores valorizações individuais já registradas em tão curto espaço de tempo envolvendo um jogador brasileiro.
O movimento remete diretamente a um caso que se tornou emblemático no futebol mundial: o de Vinícius Júnior. Em 2018, o Real Madrid pagou cerca de 40 milhões de euros ao Flamengo por um atacante que ainda era visto como promessa. Na época, o jornal espanhol Marca estampou em sua capa que aqueles 40 milhões “ficariam baratos” no futuro. A previsão se confirmou com sobras. Vinícius se tornou protagonista do Real Madrid, campeão da Champions League, eleito melhor do mundo pela Fifa e hoje figura entre os jogadores mais valiosos do planeta.
A possível valorização de Estêvão segue a mesma lógica de mercado: os grandes clubes europeus já não esperam mais a plena maturidade dos talentos brasileiros para investir pesado. Compram cedo, assumem riscos esportivos, mas colhem retornos financeiros e técnicos gigantescos.
Para o Palmeiras, a venda ao Chelsea já representou uma das maiores negociações da história do futebol sul-americano. Para o mercado internacional, a eventual nova negociação apenas reforça que apostar em jovens brasileiros continua sendo, além de um projeto esportivo, um dos investimentos mais rentáveis do futebol global.
Se a história de Vinícius Júnior transformou 40 milhões de euros em um negócio “barato” com o passar do tempo, Estêvão pode estar começando a trilhar um caminho muito semelhante — agora sob cifras ainda mais impressionantes.