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Dorival pede respeito aos jornalistas; nós pedimos um líder, e um time… se possível

A imagem de Dorival coçando a cabeça, levantando o dedo e pedindo inutilmente para ser ouvido rodou o mundo

Marcondes Brito

09/07/2024 6h46

dorivaljr

Reprodução

Nesse gigantesco confronto entre Brasil x Uruguai, perder ou ganhar nos pênaltis teoricamente não seria motivo para tanta gritaria e polêmica, não fosse aquela imagem de Dorival Júnior fora da rodinha, ignorado pelos jogadores, momentos antes das cobranças.

Aqui mesma na coluna, defendi que o nosso treinador teria perdido a condição de continuar na Seleção Brasileira, por absoluta falta de liderança.

Nesta segunda-feira (8), em entrevista à ESPN, Dorival rebateu os comentários sobre a cena, partindo para o ataque contra os jornalista e a mídia em geral:

“Primeiro, lamentar que as pessoas façam avaliação de uma foto, colocação, gesto, atitude. Eu só peço respeito. Jornalismo tem que se ouvir os dois lados. Eu fui pego totalmente de surpresa. Eu, como atleta, já participei de algumas decisões, como no campeonato de 88, em pênaltis, eu sempre ficava um pouco afastado, com o grupo, via aquele movimento inicial, porque eu havia treinado para bater pênalti e queria estar concentrado. Eu nunca participei de rodinhas porque não quero incomodar jogadores em momentos como esse. Caso eu sinta que o grupo esteja muito nervoso ou muito tranquilo, é natural que eu tenha que interferir, não foi o caso. Estava procurando o Alisson para conversar, o 4º árbitro havia me chamado, pedindo para que fizesse o corte de um atleta, já que o Uruguai havia perdido um jogador por expulsão. Eu não sabia o número do Arana para cortá-lo, então estava o procurando. Nunca participei de rodas, quero que o jogador se sinta confortável e lembre-se do que ele fez no treino. Todos os comentários que foram feitos, maldosos, levianos, sem nexo nenhum e, o principal, sem conhecer o outro lado da moeda. Lamento muito por tudo isso, não são dignos de profissionais a altura do que temos. Nos respeitem, porque em todos os momentos, de todos vocês, eu jamais vim a público. Nesse caso, foram levianos ao extremo e até usaram de certa covardia. Lamento, mas passo por cima e olho lá na frente para melhorar para as Eliminatórias”, disse o treinador.

O que esperamos de Dorival?

Em primeiro lugar, é preciso dizer que, pelo inusitado, a imagem de Dorival – coçando a cabeça, levantando o dedo e pedindo inutilmente para ser ouvido – rodou o mundo. A cena, por si só, contava a história da nossa eliminação na Copa América de forma poderosa, inequívoca e envolvente. 

Essa justificativa de Dorival ao canal ESPN não muda os fatos. Isso vai ficar marcado na carreira do treinador para sempre.

A melhor resposta (certamente a única) que Dorival pode dar ao mundo é conseguir montar um time minimamente organizado, e que consiga pelo menos classificar o Brasil nas Eliminatórias.

E, a propósito desta seleção dirigida por Dorival, me preocupa quando vejo que a sua única jogada ensaiada é a cobrança do tiro de meta, em recuo para o goleiro. Para o nosso desespero, no jogo contra o Uruguai repetiram isso inúmeras vezes.

Com mais de 200 dias no comando da Seleção, já teria dado tempo para treinar e executar algo mais criativo, né não?

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