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Como os portugueses descobriram e conquistaram a América do Sul

Jorge Jesus, Abel Ferreira e Artur Jorge ganharam quatro das últimas seis Libertadores

Marcondes Brito

09/12/2024 5h05

trio portugues

Reprodução/Montagem

Nas últimas seis edições da Copa Libertadores da América, de 2019 para cá – todas elas conquistadas por times brasileiros – a metade dos títulos teve a assinatura de técnicos portugueses: Jorge Jesus, Abel Ferreira e Artur Jorge, este último levantou ontem o título do Brasileirão pelo Botafogo.

É um feito inédito. É uma marca  realmente impressionante, principalmente se levarmos em conta que nunca houve espaço na América do Sul para profissionais lusitanos.

Na semana passada, Artur Jorge, 52 anos, se juntou a seus compatriotas Jorge Jesus e Abel Ferreira, que levantaram o troféu do principal torneio de clubes da América com Flamengo (2019) e Palmeiras (2020 e 2021), respectivamente.

As duas restantes foram vencidas por brasileiros: Dorival Júnior com o Flamengo em 2022 e Fernando Diniz com o Fluminense em 2023.

Artur Jorge também é o quarto europeu a levantar a Liberadores. O primeiro técnico do Velho Continente a conseguir foi o croata Mirko Jozic, campeão à frente do Colo-Colo do Chile em 1991.

Mas é preciso lembrar que já houve um caminho invertido nessa relação entre treinadores de Brasil e Portugal. O nosso Luiz Felipe Scolari, por exemplo, fez o trajeto inverso ao assumir a Seleção de Portugal entre 2003 e 2008. Naquela época, para que se tenha uma ideia, o consagrado Jorge Jesus – vitorioso no Flamengo e hoje no Al Hilal, da Arábia – ainda lutava por seu espaço entre os grandes do país em equipes pequenas.

O período de Felipão à frente de Portugal coincide com os trabalhos do Mister Jesus em equipes pequenas, como  Estrela Amadora, Vitória de Guimarães, Moreirense, Leiria, Belenenses e Braga.

Então, da mesma forma que hoje acreditamos e apostamos em treinadores portugueses, Scolari foi um verdadeiro Ídolo no futebol português. Em 2004, por exemplo, ele comandou um time que tinha Luiz Figo na memorável campanha na Eurocopa.

 Apesar do frustrante vice-campeonato, com derrota para a Grécia na final, Felipão conquistou prestígio ao criar um ambiente de apoio irrestrito da população à Seleção. Dois anos depois, treinou o time na campanha que culminou com a 4ª colocação na Copa do Mundo da Alemanha. Foi uma espécie de exportação da famosa “Família Scolari”, aquela que ajudou o Brasil a ganhar o penta, em 2002.

screenshot
A coluna Futebol Etc na edição impressa do Jornal de Brasília, nesta segunda-feira (9/12)

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