Com o fracasso do “dinizismo”, um grupo de ex-cartolas está articulando um golpe na CBF. Os ex-presidentes Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira querem aproveitar a insatisfação de alguns setores do futebol para “puxar o tapete” de Ednaldo Rodrigues, a quem acusam de centralização de poder e de inadimplência com fornecedores.
Del Nero e Teixeira planejam entrar com uma ação contra Ednaldo e tomar de volta o poder. Os dois cartolas articulam apoios com presidentes de federações e clubes das Séries A e B.
Esse “jogo bruto” entre os cartolas não é exatamente um fato novo dentro da CBF. Recorde-se que a entidade já esteve sob intervenção, enquanto o presidente anterior, Rogério Caboclo, era investigado por denúncias de assédio. A CBF é um “campo minado”.
Teu passado te condena
Tudo leva a crer que toda essa insatisfação seja a consequência de insatisfação por conta de interesses comerciais rejeitados dentro da CBF, com o fim de contratos de parceiros de Teixeira e Del Nero
Mas não custa lembrar quem são os líderes desse movimento contra Ednaldo Rodrigues. Anote aí:
Marco Polo Del Nero
Em 2018, a Fifa baniu Del Nero do futebol de forma vitalícia por violar os artigos 21 (suborno e corrupção), 20 (oferecer ou aceitar presentes ou outros benefícios), 19 (conflitos de interesse), 15 (lealdade) e 13 (regras gerais de conduta) do Código de Ética da entidade.
Ele já estava suspenso preventivamente desde dezembro de 2017, data de início da pena.
Posteriormente, Del Nero teve um recurso acolhido (em parte) pelo Tribunal Arbitral do Esporte, e a pena foi reduzida para 20 anos de suspensão. Assim, com a nova decisão, ele poderia voltar ao futebol em dezembro de 2037, quando terá 96 anos.
Ricardo Teixeira
A Justiça dos EUA acusa Ricardo Teixeira de ter recebido suborno para votar no Catar como sede da Copa
Pela primeira vez, Departamento de Justiça norte-americana cita ex-presidente da CBF e outros dirigentes de participarem de esquema para que Rússia e país asiático recebessem o Mundial. O nome de Teixeira já havia sido citado em denúncias feitas pela revista “World Soccer” e pela Folha de São Paulo.
Mas não é só isso! Segundo O Globo, Teixeira está entre os acusados da justiça norte-americana desde o início do “Caso Fifa”, em 2015. Ele foi denunciado também por receber suborno por contratos ligados a competições da Conmebol e da CBF.
Ele também foi acusado de receber propina pelo contrato de patrocínio estabelecido pela entidade em 1996 com uma empresa americano de material esportivo (a Nike). No caso desse contrato, a acusação é que Teixeira recebeu cerca de 20 milhões de dólares de propina (metade da comissão que a Traffic, empresa de marketing, teria direito).
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