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Cá entre nós, o jogão Flamengo x Palmeiras confirmou duas previsões da coluna

Situações que dominaram as discussões depois da partida já haviam sido antecipadas, com clareza, aqui na coluna Futebol Etc

Marcondes Brito

21/10/2025 5h50

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Reprodução

O clássico entre Flamengo e Palmeiras, disputado neste domingo, foi daqueles jogos que parecem confirmar que o futebol tem memória — e que, de vez em quando, as previsões se cumprem com uma pontualidade quase cirúrgica.

Duas situações que dominaram as discussões depois da partida já haviam sido antecipadas, com clareza, aqui na coluna Futebol Etc.

A primeira delas tem nome e sobrenome: Pedro Guilherme.

Na edição de 2 de outubro, logo após a convocação da Seleção Brasileira por Carlo Ancelotti, a coluna registrou o seguinte:

“Hoje, nenhum atacante brasileiro joga mais do que Pedro nesta posição. Nenhum. Nem Richarlison, nem João Pedro, muito menos Igor Jesus. Pedro domina a área, finaliza com as duas pernas, cabeceia como poucos e virou referência num Flamengo que esbanja qualidade.”

Naquele texto, ficou a pergunta: se Ancelotti realmente busca um centroavante forte, técnico e decisivo, como justificar a ausência de Pedro na lista?

Pois bem. No domingo, diante do Palmeiras, o centroavante respondeu dentro de campo. Participou dos três gols do Flamengo, foi o nome do jogo e, ao final, acabou sendo citado por jornalistas e até pelo técnico Felipe Luís como jogador com nível de Copa do Mundo.

O campo apenas confirmou o que a coluna já havia apontado: Pedro é o melhor centroavante do futebol brasileiro na atualidade.

A segunda previsão diz respeito ao tema que domina o noticiário toda vez que há um clássico decisivo: a arbitragem.

Até a véspera da partida, era quase unânime o discurso de que o apito estaria “preparado” para favorecer o Palmeiras. A narrativa ganhou corpo nas redes sociais e em parte da imprensa, como se o resultado já estivesse definido antes da bola rolar.

Mas na coluna Futebol Etc de 13 de outubro, o alerta foi outro:

“O Palmeiras é o beneficiado da vez? Sim, foi. Mas nada impede que, na próxima rodada, Abel Ferreira — reclamão de carteirinha — saia do campo dizendo que o seu time foi prejudicado.”

E foi exatamente o que aconteceu. Um pênalti duvidoso marcado contra o Palmeiras e outro, não marcado, a favor do time paulista, inverteram o discurso.

De suposto favorecido, o Palmeiras passou a se dizer vítima da arbitragem — e a profecia da coluna se cumpriu, uma rodada depois.

Confesso que tenho me divertido ao ver alguns comentaristas que, até ontem, acusavam o Palmeiras de ser o “time do apito”, agora tentando, com malabarismos verbais, reformular às pressas seus próprios discursos.

No futebol, o tempo costuma ser curto entre o que se diz e o que se desdiz.

E o clássico de domingo foi a prova de que a bola continua sendo, como sempre, o melhor argumento.

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