Como o Jornal de Brasília destacou, a chuva intensa que caiu na capital paulista na tarde deste sábado (2) obrigou a F1 a adiar a classificação para o GP de São Paulo. Em nota, a Federação Internacional de Automobilismo informou que a decisão foi tomada “devido à falta de visibilidade provocada pelo nível de chuva”. O CEO da F1, Stefano Domenicali, agradeceu aos fãs pela paciência em Interlagos, afirmando ser impossível controlar o clima: “Uma pena que estava muito molhado e a luz natural também, sem ela não dá”, disse o italiano.
De repente, passou um filme pela minha cabeça. Em maio de 2011, eu era um dos diretores da Band, época em que a emissora era responsável pelas provas da Fórmula Indy no Brasil. Presenciei de perto uma situação parecida quando foi preciso adiar do domingo para a segunda-feira a realização da São Paulo Indy 300. Foi um Deus nos acuda!
Recorde-se que as provas eram realizadas no circuito de rua do Anhembi. No dia 1 de maio de 2011, a corrida ficou parada por 2 horas e 23 minutos por causa da forte chuva que atingiu a cidade de São Paulo. Às 13h49, quando a prova foi paralisada, nove voltas haviam sido disputadas, em apenas 26 minutos. Na segunda-feira, com público bem reduzido nas arquibancadas e causando um transtorno absurdo no transito da maior cidade da América Latina, a prova foi finalmente completada.
Imagine o tamanho do transtorno que foi para suspender e reorganizar uma prova daquele porte, num circuito de rua que ocupava parte da Marginal Tietê, uma das vias de tráfego mais importante da capital paulista.
“Não tenho dúvidas, um dos dias mais difíceis da minha vida profissional. Fui execrado em praça pública, até pelos jornalistas da empresa onde trabalhava. Passados 13 anos, o mesmo fato se repete na F1”, disse à coluna o ex-vice presidente da Band, Frederico Nogueira, que estacava na linha de frente das operações da F-Indy
Imagine também o tamanho do prejuízo que isso causou aos organizadores e à própria Band. O episódio foi determinante para que a Indy abandonasse de vez as corridas no Brasil.
Uma tentativa de retorno aconteceu em 2015 com uma prova em Brasília, mas foi cancelada com poucas semanas de antecedência pelo Governo do Distrito Federal com o argumento que o evento seria “lesivo aos cofres públicos”.
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