O distrital Roosevelt Vilela, do PL, defendeu a instalação de sistemas de videomonitoramento nas escolas e creches do Distrito Federal. Dois projetos de lei já versam sobre a matéria: um do distrital Thiago Manzoni, também do PL, e outro do próprio Roosevelt. Ambos tramitam conjuntamente na Casa, já que o segundo foi anexado ao primeiro, na forma de substitutivo.
Diante de dois casos recentes de violência em unidades educativas distritais, Roosevelt subiu à tribuna para cobrar a tramitação célere do texto. Na última quinta-feira, foi preso um professor temporário acusado de estuprar uma menina de 4 anos na Escola Classe 203 do Itapoã. Também na semana passada, um adolescente de 15 anos foi esfaqueado por outro de 14 anos na escola cívico-militar Centro de Ensino Fundamental 1, do Riacho Fundo II.
“Isso é uma barbaridade, é a derrota da sociedade. Quando ambientes como a família e a escola são rompidos, eu não sei qual o outro limite a se vencer pelo mal. Nós temos que proteger as nossas crianças e a escola é um refúgio”, declarou Roosevelt.
O distrital comentou que a proposta visa coibir violações sexuais, físicas, psicológicas e, inclusive, o que definiu como “doutrinação ideológica”. Manzoni também cita o termo na fundamentação do projeto, ao alegar que “as escolas têm sido palco de desinteresse, indisciplina, doutrinações ideológicas e, em números cada vez maiores, de violência”. O substitutivo prevê o registro por meio da captação ininterrupta de áudio e vídeo das atividades desenvolvidas nas salas de aula. Só banheiros, vestuários e outros locais que exijam privacidade excetuam-se dos locais monitorados.