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Do Alto da Torre
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Vacinação turbinada

Já a Coronavac, agora permitida pela Anvisa, existe em estoque no Distrito Federal, assim como a AstraZeneca, que ainda aguarda definição

Eduardo Brito

21/01/2022 5h00

Atualizada 20/01/2022 20h24

Foto: GEOFFROY VAN DER HASSELT / AFP

Embora fora do País, em férias, o governador Ibaneis Rocha deu instruções nesta quinta-feira ao vice Paco Britto, que o substitui, para operacionalizar o mais rapidamente possível a vacinação da criançada com a Coronavac. A liberação do imunizante era tudo o que o Buriti queria, pois o governo federal entregou até agora apenas 16,3 mil doses, o que não permite atender sequer a faixa dos 11 anos, a primeira desse processo, além dos portadores de comorbidades. Já a Coronavac, agora permitida pela Anvisa, existe em estoque no Distrito Federal, assim como a AstraZeneca, que ainda aguarda definição.

Antes da volta às aulas

A pressa de Ibaneis se deve à sua intenção de vacinar o maior número possível de crianças entre 5 e 11 anos antes do início do ano letivo – que agora será com aulas presenciais para todos. No caso dos estudantes da rede particular, que somam 165 mil no DF, a volta às aulas ocorre a partir do dia 31 de janeiro. Já os 446 mil estudantes da rede pública retornam aos bancos escolares no dia 14 de fevereiro.

Candidatura do PT ao Buriti depende da eleição presidencial

Com duas candidaturas já colocadas ao Palácio do Buriti, do ex-deputado Geraldo Magela e da professora Rosilene Correia (foto), o PT pretende lançar um nome para governador do Distrito Federal. Já está definido que não haverá prévias, mas esse lançamento é visto como fundamental para o partido. Isso não significa, porém, que a candidatura chegará até as urnas. Pode ser substituída. Como diz o deputado distrital Chico Vigilante, “haverá negociações, ligadas com o que acontecerá nacionalmente”. A deputada Érika Kokay acrescenta: “o PT tem essa compreensão”. Para que seja feita uma aliança local será preciso, porém, que exista uma boa alternativa e que seja de oposição ao atual governo, acrescenta Érika.

São Paulo fica de fora

Negociações sobre governos estaduais, assim como para coligações majoritárias e até para as chapas proporcionais, deverão ser a regra do PT para todo o País. Sempre priorizando a eleição presidencial, ou seja, a eleição de Lula. Faz sentido. Chico Vigilante avisa, porém, que há pontos já firmados. É o caso paulista, onde o PSB reclama o apoio do PT à candidatura governamental de Márcio França, aliás ligadíssimo a Geraldo Alckmin, cada vez mais vice de Lula. “Não vejo nenhuma possibilidade de Fernando Haddad deixar de ser candidato em São Paulo”, registra o distrital petista.

Negociação caso a caso

São Paulo, claro, não é o único estado a exigir negociação. O PSB é quem tem a mais longa lista de exigências, embora PSD, PCdoB e até partidos de outro espectro político também tentem negociar troca de apoio. Para apoiar o PT nacionalmente, o PSB quer apoio do partido a seus candidatos a governador em Pernambuco, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Maranhão, Rio de Janeiro e possivelmente Acre. Evidentemente isso significa retirar eventuais candidaturas petistas. Até agora só existe acordo no Rio, onde o deputado Marcelo Freixo deixou o PSOL pelo PSB, para ganhar apoio dos petistas. O PDT quer cabeça de chapa no Ceará, o PSD em Minas e até o MDB tem suas ideias, como em Santa Catarina. Nesta quinta-feira a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, reuniu-se com o presidente do PSB, Carlos Siqueira, para discutir a questão. Diálogo difícil, pois os dois se detestam.

Interlocutores

Para Chico Vigilante, a negociação se fará caso a caso. É o que acontece em Pernambuco, onde o PSB acha que tem primazia, mas seu candidato natural Geraldo Júlio hesita e o PT lançou o senador Humberto Costa. “Esse acerto terá de ser feito com o governador Paulo Câmara e tudo depende dele; até o ex-presidente Lula já falou nisso”, explica Chico Vigilante. Ou seja, pode vir o acordo.

Situações complicadas

Existem, porém, situações mais complexas, e não apenas em São Paulo. No Rio Grande do Sul, o PSB cobra apoio ao ex-vice de Marina Silva, Beto Albuquerque, mas o PT já lançou o deputado estadual Edegar Pretto, que está em campanha. A ex-deputada Manuela D’Ávila entra no páreo. No Espírito Santo o senador Fabiano Contarato se filiou ao PT para disputar o governo, mas o PSB exige apoio à reeleição de Renato Casagrande.

Favoritismo

Nos moldes em que se definirá a escolha petista no Distrito Federal, se a decisão fosse hoje a franca favorita seria a professora Rosilene Correia, dirigente do Sindicato dos Professores, o Sinpro. Mas Magela tem contatos fortes e ainda há tempo pela frente. Ambos os candidatos, porém, já sabem que tudo dependerá dos acordos nacionais.

Opção pela majoritária

A deputada brasiliense Paula Belmonte (foto) dificilmente disputará a reeleição. Está de olho em um posto majoritário. O ideal, para ela, seria disputar o Senado, mesmo tendo uma parada dura, mulher para mulher, frente a Flávia Arruda, já confirmada na chapa do governador Izalci Lucas. Paulo Belmonte pretende concorrer em aliança com o atual senador José Antônio Reguffe, caso ele dispute o Palácio do Buriti. Fica o registro de que Reguffe só decidirá em fevereiro ou março se disputa o governo ou a reeleição.

Assistência jurídica para policiais

Em qualquer situação que envolva dano ao patrimônio público durante ação policial, hoje, a assistência jurídica é de responsabilidade do próprio agente. Isso vale para danos a terceiros ou qualquer tipo de lesão até mesmo contra o policial durante o cumprimento de suas funções. Essa é a fundamentação de projeto que acaba de ser apresentado à Câmara Legislativa pelo distrital Hermeto, ele próprio policial militar. Segundo o projeto, passa a ser dever do Estado, processar os agressores para que reparem todos os danos físicos, morais, psicológicos e patrimoniais causado ao policial que, em decorrência do exercício de suas funções, venham a ser sofridos.

Qualquer que seja a renda

Ainda de acordo com o texto do projeto de lei, a aplicação deste direito independe de renda financeira do causador dos danos, podendo ele ficar negativado perante o GDF até que pague todas as custas para a reparação do dano causada ao policial militar.

Foco no hospital

Inaugurada uma UBS e uma UPA há menos de um mês, o foco do distrital Claudio Abrantes agora é o Hospital Regional de Planaltina: a licitação para o bloco de sua UTI está marcada para o próximo dia 25. Para dar o suporte necessário à nova ala, a nova Subestação Elétrica e a Radiologia já começam a sair do papel. Mas, como não basta ter as estruturas prontas, Claudio Abrantes prioriza também o chamamento de concursados, inclusive da saúde e assistência. Com o resultado, enfermeiros, médicos e outros aprovados que lutam para integrar os quadros públicos buscam o parlamentar para se juntar à lista dos convocados.

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