O relator da CPI dos Atos Antidemocráticos, distrital João Hermeto, requereu à Corregedoria da Polícia Militar o compartilhamento de todas as informações das investigações internas, depoimentos, relatos, e apuração sobre os acontecimentos no dia dos atos antidemocráticos ocorridos em Brasília com a Comissão Parlamentar de inquérito instaurada na Câmara Legislativa do DF.
O requerimento de Hermeto – que estreia visual novo, agora com um cavanhaque – também solicita a ordem de serviço detalhada com a organização, a convocação e a distribuição dos policiais militares nessa data, destacando o quantitativo de policiais empregados na operação, quais as estratégias adotadas, qual o momento da constatação da adoção de atos extremistas e as medidas preventivas.
No dia 9 de fevereiro, Hermeto já havia solicitado compartilhamento de informações com a Polícia Civil do Distrito Federal. A primeira reunião da CPI dos atos Antidemocráticos está agendada para as 10h desta terça feira, 14, no plenário da Câmara Legislativa do DF todas as informações recebidas serão analisadas nesse encontro.
Pela volta de Ibaneis
O presidente da CPI dos Atos Antidemocráticos, Chico Vigilante, afirmou nesta segunda-feira, 13, que não há mais motivos para manter o afastamento de Ibaneis Rocha do Palácio do Buriti. De acordo com Vigilante, que deu uma série de entrevistas, o governador afastado “está muito mais para vítima do próprio sistema que tragou ele”.
O distrital acrescentou que, de seu meu ponto de vista, “se o ministro Alexandre de Moraes não tiver em mãos outras informações para manter o afastamento, está na hora de o governador voltar”. O presidente da CPI também não vê possibilidade de Ibaneis ser processado por crime de responsabilidade.
Afinal, Chico Vigilante não acredita que o governador Ibaneis tenha participado dos atos, nem acha que a Polícia Militar tenha participado, enquanto instituição. Para ele, elementos da PM participaram, sim, mas a instituição PM, não.
Ponte entre Lula e a indústria
Líder do PT na Câmara Legislativa do Distrito Federal, o distrital Chico Vigilante intermediou reunião entre o ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal, a Fibra-DF, Jamal Bittar.
A reunião serviu para examinar parcerias entre a Fibra e o ministério que possam reduzir a desigualdade social do país, em especial do DF – sobretudo, projetos que promovam a qualificação e geração de emprego.
Afinal, dada a dimensão da pobreza no País, disse Wellington durante o encontro, o seu trabalho vai “muito além de distribuir cestas básicas e pagar o bolsa família”.
Chico Vigilante afirmou, depois, ter ficado “muito feliz de ter participado desse encontro e colaborar para que consigamos, com novas políticas públicas e ações sociais, ajudar a reduzir a pobreza no Brasil e as desigualdades sociais, hoje gritantes”. Vigilante mantém há anos uma boa relação com Wellington Dias, chamado pelos mais próximos de “índio”.