Exceção feita às sessões dedicadas a órgãos com múltiplos associados, como entidades de classe ou universidades populares, as homenagens dos Legislativos não costumam receber muitas atenções e, às vezes, pouquíssimos oradores.
Foi o caso da homenagem à Radiobras, realizada nesta quinta-feira, 6, a pedido do deputado brasiliense Júlio Cesar Ribeiro, que estava com pouca gente no plenário e apenas seis oradores, durando exatos 40 minutos.
Por isso mesmo, criou-se grande expectativa sobre outra sessão especial marcada para as 9h da próxima terça-feira. Será uma homenagem ao marechal Henrique Teixeira Lott.
Para quem não conhece história, ele foi ministro da Guerra – como se chamava então o comandante do Exército Nacional – e teve papel predominante na história do Brasil. Foi Lott quem impediu um golpe que tentava impedir a posse do presidente Juscelino Kubitschek, o construtor de Brasília, e, no decorrer de seu governo, barrou mais dois esforços de golpe.
Comandou o Exército com mão de ferro, exerceu sua influência por longo período e foi candidato a presidente da República pelo voto direto, só perdendo porque o rival era uma espécie de mago eleitoral, Jânio Quadros. Depois disso, fez ainda várias defesas da democracia até sua morte, já bastante idoso.
A sessão está marcada. Mas o número de oradores, devidamente computado pela Mesa da Câmara, é marcante. Até agora, zero.