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Do Alto da Torre
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Sem favas contadas

Arquivo Geral

28/12/2018 7h00

Atualizada 27/12/2018 22h17

A primeira eleição para a presidência da Câmara Legislativa do DF de cada legislatura costuma ser um encontro protocolar para chancelar acordos de bastidores entre os deputados eleitos. Foi assim que Cabo Patrício, à época no PT, chegou ao topo da Casa em 2011, e, igualmente, Celina Leão, então no PDT, em 2015. Em 2019, Rafael Prudente (MDB) tem tudo para repetir a tradição, inclusive tendo angariado apoio prévio de 16 colegas, mas a oposição ainda não entregou os pontos.

Medalha de participação

Seu adversário, até o momento, é Cláudio Abrantes (PDT), que pensa em seduzir os sete ainda fora do acordo de Prudente e tentar converter quatro colegas – com empate em 12 a 12 na eleição, ele venceria por ter mais mandatos acumulados. Assim, o pedetista tem trabalhado seu poder de convencimento. Ibaneis já tentou esfriar a disputa, oferecendo a Abrantes o posto de líder de seu futuro governo no plenário, mas o distrital não parece disposto a ceder enquanto tiver chances, ainda que eventuais, de chegar à presidência.

Encontro esperado

Hoje, por volta das 16h, o grupo de Abrantes marcou um encontro na casa da distrital eleita Arlete Sampaio (PT) para discutir o futuro. Um dos pontos importantes é o posicionamento de Jaqueline Silva (PTB), recém-diplomada após uma decisão do TSE. Ela tem pendido para o lado do pedetista, mas reúne vários motivos para acabar do outro lado. Abertamente, ela só fala que vai analisar propostas.

Cavaleiros do apocalipse

Os quatro possíveis trânsfugas do grupo de Prudente, se é que existem, são desconhecidos, mas as divisões das comissões devem ser o elemento decisivo. Pelo menos três distritais não ficaram satisfeitos com as projeções de quem ocupará qual comissão, e Abrantes certamente vai explorar isso. Os dois nomes do PSB, José Gomes e Roosevelt, estão no time do emedebista e poderiam ser opções, até pela afinidade passada entre PDT e PSB, mas alguém duvida que Rollemberg não está nem um pouco interessado em ajudar Abrantes, sempre hostil a ele, a vencer alguma coisa?

As 11 comissões

A partir de 2019, a Câmara Legislativa do DF (CLDF) terá 11 comissões permanentes. Será criada a comissão de Transporte e Mobilidade, que muito provavelmente será presidida pelo estreante Valdelino Barcelos (PP). A maior segmentação significa mais trâmites para um projeto alcançar o plenário e também mais espaço para os distritais eleitos se espalharem.

Mais sem menos

Assim, deve haver maior pulverização dos cargos entre os 18 partidos com representantes na próxima legislatura. Nenhuma sigla vai reter três presidências, como é o caso atual do PT, com Chico Vigilante na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC), Ricardo Vale na de Ética e Wasny de Roure na de Educação, Saúde e Cultura (CESC). Até porque nenhum partido colocou 3 representantes na Câmara, ao menos não antes da janela partidária.

Ainda quero seu voto

As eleições acabaram há dois meses. Para quem se elegeu, foi tempo de descansar e iniciar as articulações políticas. Para quem não conseguiu, foi tempo de finalizar assuntos inacabados para se afastar da vida pública por um tempo ou retornar a algum cargo. Para alguns derrotados, porém, foi tempo de martelar o eleitor com mensagens quase eleitorais, provavelmente com o pensamento em 2022.

Não se esqueça de mim

O senador em fim de mandato Hélio José (Pros), por exemplo, continua alimentando sua lista de transmissão do Whatsapp com mensagens para exaltar o quão bom seu mandato foi, segundo ele mesmo. Recentemente, enviou um vídeo de ano novo com pianinho suave ao fundo. Ele tentou se eleger deputado federal este ano e passou longe do objetivo. Outro que vem investindo na mesma ferramenta é o Guarda Jânio (Pros), que esteve próximo de se eleger distrital. Jânio tem declarado apoio a Ibaneis e tirado selfies com frases motivacionais. Nem o governador Rodrigo Rollemberg tem evitado isso, apesar dem no caso dele, ser uma coisa menos intimista.

Água da vida eleitoral

Após semanas de ressaca depois da derrota nas urnas, ele passou a divulgar várias atividades do Executivo, de olho em 2022. Rollemberg não está morto. Longe disso.

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