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Do Alto da Torre
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Rosilene para o Senado

Rosilene Corrêa, hoje ainda postulante ao Buriti, tem maioria no diretório regional, conta com o apoio da bancada distrital, mas enfrenta resistência

Eduardo Brito

05/05/2022 5h00

Atualizada 04/05/2022 23h34

Senado Federal

Foto: Agência Brasil

Se confirmada a escolha do distrital Leandro Grass para o Buriti, caberá ao PT indicar o senador – e eventualmente o vice – na chapa. A deputada federal Érika Kokay já se declarou candidata ao Senado, não abriu mão da vaga, mas simplesmente não se fala mais nisso, até porque o partido não se dará ao luxo de abrir mão de um assento certo na Câmara. Nesse caso, o nome mais provável é o da sindicalista Rosilene Corrêa, hoje ainda postulante ao Buriti. Ela tem maioria no diretório regional, conta com o apoio da bancada distrital, mas enfrenta resistência.

Volta às aulas

Exceção feita às exceções que costumam a regra, a turma dos sindicatos não costuma ter bons resultados nas eleições brasilienses. Que o diga um presidente regional da CUT que tentou se deputado por três vezes sem chegar sequer a uma suplência interessante. Mas o pior é lembrar que Rosilene, como principal dirigente do Sinpro, se opôs à volta das aulas presenciais e comandou greves de professores, muito impopulares no Distrito Federal. Inclusive defendeu uma greve logo após a volta à aulas este ano. Os pais de alunos das escolas públicas brasilienses devem estar entusiasmadíssimos para votar nela.

Pelo espólio eleitoral de Roriz

A mensagem foi dada por dona Weslian Roriz, viúva do ex-governador Joaquim Roriz e ela própria candidata a governadora em 2010. Dona Weslian gravou um vídeo que já circula nas redes sociais e deverá ir para a TV aberta assim que começar o horário eleitoral: “quem tem sangue Roriz é o neto Joaquim”. Ela se refere a Joaquim Domingos Roriz Neto, filho da ex-deputada brasiliense Jaqueline Roriz e sobrinho da ex-distrital Liliane Roriz. Pelo PL de Bolsonaro, Joaquim Roriz Neto tentou ser deputado federal na eleição passada, sem conseguir, e agora disputa cadeira de distrital.

Concorrência familiar

A mensagem de dona Weslian soa como recado a dois outros Roriz que disputam vaga de distrital. Paulo Roriz, três vezes secretário do Entorno – inclusive nos governos de Joaquim Roriz – é filho de Zequinha Roriz, irmão que sempre foi coadjuvante do governador, como prefeito de Luziânia, feudo familiar. Candidato crônico que nunca teve mandato, Dedé Roriz é filho da irmã Íris, morta tragicamente em um acidente de helicóptero após o pouso. Desta vez ambos competem com Roriz Neto por vaga na Câmara Legislativa. Mas o recado de dona Weslian é mais amplo. Quando fala em sangue da família, ela também quer dissociar a imagem do ex-governador de seu maior associado Tadeu Filippelli, seu homem de confiança durante décadas. Ex-deputado federal e ex-vice-governador, Filippelli também tenta ser distrital desta vez. E não, não é um Roriz, embora tenha sido casado com Célia, sobrinha da própria dona Weslian. É que, mesmo não tendo o sobrenome Roriz, Filippelli está profundamente ligado aos feitos das quatro administrações de Roriz e já foi considerado herdeiro político do governador. Sem falar que sua separação deixou, sim, mágoas em dona Weslian.

Túnel de Taguatinga

O governador Ibaneis Rocha anuncia que a obra do Túnel de Taguatinga atingiu 70% e, com isso, o governo já começou a retirar os tapumes que a cercam. “Com essa medida, o trânsito na região vai melhorar”, prevê o governador.

Enfermeiros farão procedimentos estéticos

A deputada brasiliense Celina Leão apresentou projeto de lei para colocar procedimentos estéticos entre as atribuições dos enfermeiros. Argumenta que os enfermeiros brasileiros têm entre suas atribuições procedimentos sofisticados como prescrever medicamentos, solicitar exames de rotina, encaminhar se necessários os usuários para outros serviços, realizar consulta de enfermagem, anamnese e estabelecer o tratamento mais adequado a pessoa, e também procedimentos mais complexos como: punção intraóssea em adultos e crianças. No entanto, nada de operar em questões estéticas. Pelo projeto, suas atribuições são ampliadas, embora se exija habilitação específica. De acordo com Celina, se o texto virar lei, conseguirá “suprir vácuo legal que essa classe vem enfrentando e com isso, para continuar a executar de forma responsável e com excelência”.

PSDB mais perto dos bolsonaristas

O sinal foi dado pelo governador tucano de São Paulo Rodrigo Garcia, candidato à reeleição. Após trocar o comando das polícias Civil e Militar, afirmou nesta quarta-feira, 5, que “bandido que levantar arma vai levar bala da polícia”. O cálculo é evidente: ele só chegará ao segundo turno se tomar votos de Tarcísio de Freitas, ex-ministro de Bolsonaro, que mal chegou a São Paulo – é carioca – e já está em terceiro nas pesquisas. A mudança de discurso se impõe, além de ter precedentes, como o voto Bolsodória de 2018 (ou o Lulécio de 2002). Sem uma alternativa viável para o Planalto, dada a rejeição de João Dória, a aproximação com o bolsonarismo já se esboça no Rio Grande do Sul, de novo, em Santa Catarina, no Mato Grosso do Sul e até mesmo em Goiás. Pode muito bem chegar ao Distrito Federal.

Chapa 1 contra Chapa 1

Duas chapas deveriam disputar as eleições do Sindate DF, o sindicato que representa os auxiliares e técnicos de enfermagem da capital. Só que, como noticiou a coluna, a Chapa 1 impugnou a Chapa 2 e o pedido foi aceito pela comissão eleitoral, aliás ligada à situação e, portanto, à Chapa 1. Ex-candidata a deputada federal, Claudinha da Saúde reagiu com um apelo para que o eleitorado votasse nulo e assim melasse a escolha. A Chapa 1, do distrital Jorge Viana insistiu e partiu para a eleição. O resultado acaba de sair. Ninguém ganhou. Os votos nulos e brancos foram apenas 105, ligeiramente acima dos 10%. A Chapa 1 recebeu 895, mas ficou abaixo do quórum. O resultado foi convocar outra eleição, para esta quinta-feira, 5.

Congestionamento em Goiás

Forte no Entorno do Distrito Federal, o deputado goiano João Campos nutre a expectativa de uma dobradinha com o governador Ronaldo Caiado, que disputa a reeleição. Essa esperança ganhou força depois da desistência do ex-ministro Henrique Meirelles. Também estão no mesmo campo outro deputado, Delegado Waldir, e o atual senador Luís do Carmo. O favorito ainda é o ex-governador Marconi Perillo, que passou dias internado em São Paulo para tratar de uma arritmia cardíaca. Mas agora o campo está ainda mais tumultuado. Outro ex-ministro, Alexandre Baldy, deve confirmar sua candidatura, e Caiado dá sinais de que pode apoiar o atual presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, um mega produtor rural.

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