Em época de transição das federações partidárias – há pelo menos quatro em articulação – o PV decidiu manter sua atual combinação com o PT e o PCdoB.
A própria esquerda terá uma nova federação, com a união entre o PSB, antes solitário, e o Cidadania, que vive os últimos momentos de uma associação natimorta com o PSDB. Seria uma oportunidade para o PV rever sua posição, pois o partido perdeu até seu único cabeça de chapa das eleições passadas, o brasiliense Leandro Grass, que assinou ficha do PT. Mais do que isso, tem gente no partido que acha negativa a federação com um sócio muito maior, o PT.
É só fazer as contas. Na eleição passada, o PT caiu. Tem hoje só 69 deputados, uma das menores bancadas desde o início deste século. O PCdoB tem sete e o PV quatro, um deles de Brasília, o professor Reginaldo Veras. Todos reclamam de sua magreza. No entanto, a decisão do PV é ficar na federação. Tem muita gente pensando que o resultado pode ser ruim com ela, mas pode ser ainda pior sem ela. De toda forma, o martelo está batido.