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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

PSD para presidir a Câmara

E o PSD tem uma alternativa, o também reeleito Jorge Vianna, que também manifestou interesse

Eduardo Brito

03/11/2022 20h51

Foto: Divulgação/PCDF

Presidente regional do PSD, que tem a terceira maior bancada na Câmara Legislativa, o ex-senador Paulo Octávio reuniu-se na tarde desta quinta-feira, 3, com o distrital Robério Negreiros.

É o primeiro passo para examinar uma candidatura do partido a presidente da Câmara. Robério já examinou a possibilidade de abrir mão da disputa no primeiro biênio da nova legislatura, concorrendo apenas no segundo. No entanto, sua candidatura já está colocada.

E o PSD tem uma alternativa, o também reeleito Jorge Vianna, que também manifestou interesse. Pode contar com uma aliada, a atual deputada federal Paula Belmonte, do Cidadania.

Na eleição deste ano ela preferiu disputar uma vaga de distrital, elegeu-se e está alinhada com o PSD – afinal, seu marido concorreu a vice-governador na chapa encabeçada por Paulo Octávio – e participa com o partido das articulações para a composição da nova Mesa Diretora.

Apoio ao novo governo Lula

Ciente de que o PSD será um dos primeiros partidos a serem procurados pelo presidente eleito Lula para compor uma base do novo governo no Congresso, o ex-senador Paulo Octávio acredita que uma composição pode, sim, ser costurada.

Candidato a governador na eleição passada, ele chegou a ser procurado pelo PT. No entanto, permaneceu neutro na disputa federal, o que representou custo político.

Embora saiba que uma negociação passará por várias instâncias partidárias, avisa que o PSD tem de estar junto à futura administração, “pela governabilidade”.

Quando senador, Paulo Octávio manteve boas relações com o então presidente Lula, o que facilitou a obtenção de medidas favoráveis ao Distrito Federal.

Negociação começa de imediato

Lula programou uma viagem a Brasília para a próxima terça-feira, 8, incluindo no roteiro conversas com parlamentares e com ministros do Supremo Tribunal Federal.

A transição, porém, já está em curso desde esta quinta, inclusive com a presença do vice Geraldo Alckmin e de integrantes – petistas – do plano de governo do presidente eleito.

Também desembarcou em Brasília o senador eleito Wellington Dias, designado pela campanha do presidente de Lula para tratar do projeto Orçamento de 2023 com o Congresso.

Fazendo contas no Congresso

Os partidos que apoiaram a campanha de Lula conseguiram apenas 122 cadeiras de deputado federal. O PT ficou com 68, o PSOL-Rede com 14 e o PSB com outros 14, mais 26 de legendas menores. Representam apenas 23% da Câmara.

No Senado é ainda pior: são só 12, dos quais nove petistas. Vem daí a urgência atribuída aos contatos para ampliar a base. Os contatos começarão por PSD, MDB e União Brasil.

Esses três somam 143 cadeiras na Câmara e 31 no Senado. Caso todo esse acordo seja costurado, a bancada governista iria para 265 deputados e 43 senadores. Dá uma maioria tênue.

É claro que com o Centrão propriamente dito o diálogo difere muito, e se dá em outras bases. Já existem sinais de que o PP do ministro Ciro Nogueira e do presidente da Câmara, Arthur Lira, além do Republicanos, se dispõem a conversar.

Os dois somam 88 deputados federais. E não deixa de participar do Centrão o PL, com a diferença de que abriga a maior parte dos bolsonaristas-raiz que se elegeram para a Câmara.

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