Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Petistas mais perto da definição

Pesa também a favor de Grass, à parte a ideia de novidade, que é a única candidatura do PV a governador em todo o País

Eduardo Brito

03/05/2022 5h00

Reunião entre a direção regional do PT e enviados da direção nacional, que têm a palavra final, entra enfim na reta final para a definição do candidato do partido ao Palácio do Buriti. Como corolário, devem desenhar-se a partir daí os cargos majoritários da federação PT-PV-PCdoB na capital. Ainda não está muito claro o desenrolar da reunião de hoje. Existe forte simpatia da cúpula nacional pela candidatura de Leandro Grass, do PV. Entre as razões para isso está o confronto entre as candidaturas de petistas brasilienses, a sindicalista Rosilene Corrêa e o ex-deputado Geraldo Magela. É a única unidade da Federação em que existe disputa entre dois candidatos do partido. Pesa também a favor de Grass, à parte a ideia de novidade, que é a única candidatura do PV a governador em todo o País. O partido não pleiteia qualquer outra indicação ao cargo.

Questão de tamanho

Os partidários das duas candidaturas puro-sangue lembram, porém, que tanto Rosilene quanto Magela contam com potencial de votos maior do que qualquer nome de outro partido da federação. O PV brasiliense conta com 700 filiados. O PT tem 35 mil. Até a direção local do Partido Verde admite que há um descompasso e que uma decisão de cima para baixo pode causar certo desconforto. Diante disso, se houver reação, é possível que se marquem novas negociações internas, embora a palavra final deva ser dada em reuniões já previstas para 13 e 14 de maio.

PSOL na foto

Ao menos por enquanto, o PSOL brasiliense concorrerá em chapa distinta do PT, que estará na federação com PV e PCdoB. Mas no plano nacional estarão juntos. Assim, a candidata do PSOL ao Buriti, Keka Bagno, correu a São Paulo para ato de seu partido com o ex-presidente Lula e conseguiu até uma imagem com ele. Avisou depois que, “sem ceder nosso programa ecossocialista e libertário, a Conferência Eleitoral do Partido oficializou apoio a Lula desde o primeiro turno para derrotar o bolsonarismo”.

Manda quem pode

Nas últimas reuniões da direção nacional do PT ficou claro que ela não pretende abrir mão de sequer um centímetro dos poderes que se atribuiu para definir candidaturas majoritárias. O caso mais recente foi o da Paraíba. Em busca da reeleição o governador João Azevêdo voltou ao PSB para se aproximar dos petistas locais e conta com o apoio de uma forte corrente. Mas existia uma negociação com o senador Veneziano Vital do Rego, dentro da estratégia de Lula para se reaproximar do MDB, em especial do Nordeste. A direção nacional avocou a decisão. Deu Veneziano.

Magela quer mais pressa

Postulante à indicação no Distrito Federal, o ex-deputado Geraldo Magela embarca para São Paulo, onde participa no sábado do lançamento da pré-candidatura de Lula, na verdade o início da campanha oficial do partido. Ele acha que o pior para o PT brasiliense nem é optar por esta ou aquela candidatura local, mas a indefinição.

Sindicato em guerra civil

Entrou em guerra civil o Sindate, Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Distrito Federal, tendo como pivô um distrital duplamente candidato à reeleição. Jorge Viana disputa tanto as eleições gerais de outubro, tentando novo mandato na Câmara Legislativa, quanto a recondução para a diretoria do Sindate. Seu cargo é de diretor administrativo, mas como o presidente – também candidato a permanecer no cargo – está adoentado, na verdade Viana deve ficar com o comando, pela Chapa 1. O problema é que existe uma Chapa 2, coordenada por Cláudia Aires Barbosa Ribeiro, que concorreu às últimas eleições para deputada federal, com o apelido de Claudinha da Saúde. Estava então no PSDB, enquanto o rival Jorge Viana disputou pelo Podemos. A Chapa 1 impugnou a Chapa 2 e a Comissão Eleitoral do próprio Sindate aceitou a ação. A Chapa 2 não poderá concorrer às eleições que ocorreram nesta segunda-feira, 2. Lógico, a Chapa 2 recorreu à Justiça, onde já tramitam outras ações dos dois grupos. Claudinha fez campanha pelo voto nulo, tentando forçar nova eleição.

Opções para o Novo

Citado frequentemente como indicação de seu Partido Novo para o Palácio do Buriti, o advogado Paulo Roque avisou nesta segunda-feira, 2, que “na data de hoje sou pré-candidato ao Senado”. Ele revela que as direções nacional e regional do Novo já externaram ao senador José Antonio Reguffe que gostariam de ver seu nome para senador em uma chapa em que o próprio Reguffe seria o candidato a governador. Mas ele admite que essa combinação pode não dar certo. “Caso Reguffe não seja candidato ao GDF o que seria muito ruim para este pleito e para o Distrito Federal, pois todos seus eleitores gostariam de vê-lo candidato ao governo, os planos mudam e aí o Novo pode lançar candidato próprio ao GDF”. Na eleição passada Paulo Roque fez 202 mil votos para o senado, enquanto o candidato do Novo a governador, o empresário Alexandre Guerra teve 63 mil.

Clube exclusivo

Embora cada um pertença a partido diferente do outro, a bancada do Distrito Federal no Senado formada pelos senadores Izalci, Reguffe e Leila tem trocado figurinhas na discussão em torno das eleições de outubro. Os três podem até ser candidatos simultaneamente ao GDF, mas não perdem a oportunidade de conversar só entre eles – sem partidos ou outros políticos. A trinca costuma afirmar que está definindo entre si qual é a melhor alternativa para ser candidato de oposição ao governador Ibaneis Rocha. Pelo menos dois deles acham melhor que os três sejam candidatos, na tentativa de conseguir um segundo turno.

Cãezinhos e gatinhos

Durante toda a manhã e parte da tarde, em Águas Claras, a feira Audote – isso mesmo, presume-se que venha de Au-Au – organizou adoções de pets abandonados. É parte da campanha do distrital Daniel Donizet, que procura firmar-se como “deputado da causa animal” e deixou o parque ecológico da cidade defendendo que esses eventos sejam realizados com mais frequência. Feitas as contas, 20 cachorros e cinco gatos acharam novos donos, ou “protetores”. Pode até não ser muito, mas esse tipo de ato sempre rende imagens fofas para o distrital.

PP faz festa de caminhoneiros para Ibaneis

O Progressistas, integrado à candidatura do governador Ibaneis Rocha à reeleição, organizou um megaevento de caminhoneiros em Vicente Pires. Serviu como ponto de partida para campanhas do partido, entre elas da deputada brasiliense Celina Leão, que preside o partido local e tenta reeleger-se, do distrital Valdelino Barcelos, identificado com a turma dos caminhões, e do ex-deputado Rôney Nemer, que se recupera de grave cirurgia e apareceu por lá em cadeira de rodas. Nemer deve também ser candidato a deputado federal. Para não deixar dúvidas sobre a parceria do partido com Ibaneis, esteve lá o núcleo-duro do Buriti, com o secretário de Governo, José Humberto, o secretário de Mobilidade, Valter Casimiro, e administradores regionais.

Pedetista raiz

A senadora brasiliense Leila Barros vestiu mesmo a camisa do PDT. Foi até conhecer a estátua do fundador e figura máxima do partido, Leonel Brizola. A estátua deve ser colocada na entrada da sede nacional do partido, no Setor de Administração Federal, perto do Congresso. Leila fez questão de se referir a Brizola, que tem seu centenário comemorado agora, como “o maior ícone do trabalhismo no País, grande figura política que fez história”.

Tabelinha

Mesmo em tempos de arrocho orçamentário, a Universidade de Brasília tem conseguido investimentos em obras e programas. A reitora Márcia Abrahão reconheceu o trabalho da bancada do Distrito Federal no Congresso ao enviar emendas para a instituição. “Todos os deputados e senadores apoiam e reconhecem a importância da UnB”, disse. A declaração foi feita durante um programa de rádio ao lado da deputada brasiliense Paula Belmonte, que destinou R$ 7 milhões para a construção de um Centro de Pesquisa em Primeira Infância e uma creche no campus da Asa Norte.

Sétimo mandato

Mais antigo detentor de mandato eletivo no Distrito Federal, o distrital Chico Vigilante lançará sua nova pré-campanha na noite de quinta-feira, 5, no auditório da CNTI. Promete uma campanha com “muito trabalho, organização e um projeto transformador”. Chico Vigilante já exerceu dois mandatos como deputado federal, mas não conseguiu reeleger-se em 2006 e voltou à Câmara Legislativa em 2010. Como deputado, está no seu sexto mandato, tendo sido dois como deputado federal e quatro como distrital. Agora é candidato ao seu sétimo mandato como parlamentar, sendo quinto como distrital.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado