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Do Alto da Torre
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PEC da Transição divide bancada do Distrito Federal

Mas o senador José Antonio Reguffe votou contra. O também senador Jaques Wagner, que coordenava o esforço dos petistas, até tentou convencê-lo

Eduardo Brito

08/12/2022 22h26

Foto: Pedro França/Agência Senado

O Senado aprovou em dois turnos a proposta de emenda constitucional que autoriza furar o teto de gastos para o novo governo aumentar despesas. O placar foi semelhante. No primeiro turno foram 64 votos a 16 e, no segundo, 64 a 13.

Mas a bancada brasiliense rachou. A senadora Leila Barros, que integra a equipe de transição de Lula, já tinha anunciado voto a favor. À última hora, Izalci Lucas juntou-se a ela após liberar a bancada do PSDB, de que é o líder.

Mas o senador José Antonio Reguffe votou contra. O também senador Jaques Wagner, que coordenava o esforço dos petistas, até tentou convencê-lo.

Mas Reguffe não cedeu. Avisou que a PEC da Transição, apelidada pelos críticos de PEC da Gastança, é “uma irresponsabilidade fiscal”.

Deu até um exemplo: “se em nossa casa tivermos de gastar mais com alimentação, vamos ter de tirar de outro lugar”. Para Reguffe, “um governo não pode simplesmente tirar uma despesa do cálculo do teto e fingir que não vai ter a despesa. Ela continuará existindo”. Reguffe manteve a coerência.

Despede-se do mandato exatamente da mesma forma como começou, evitando despesas irresponsáveis e defendendo o dinheiro de quem paga impostos. Afinal, disse o senador, “quem vai pagar essa conta no final é o contribuinte, com aumento de impostos”.

Mais um na conta

Conforme a coluna antecipou, a ofensiva bolsonarista sobre a presidência do Senado consegue capturar votos mediante negociações individuais, na tentativa de eleger o ex-ministro Rogério Marinho.

Acaba de conseguir mais unzinho. O recém-eleito Cleitinho Azevedo, zebra senatorial de Minas Gerais, acaba de se transferir do PSC para o Republicanos de Damares Alves, com direito a imagem ao lado do presidente nacional do partido, Marcos Pereira.

É mais um voto para Rogério Marinho. Fica o registro de que, ao menos por enquanto, o atual presidente Rodrigo Pacheco é franco favorito para se reeleger.

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