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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

O que explica o apagão do dia 8 de janeiro

“Eu acho que fizeram tudo isso acreditando que o golpe iria se perpetuar e voltariam nos braços dos apoiadores, com uma ditadura estabelecida no Brasil”

Eduardo Brito

25/04/2023 19h12

Foto: Divulgação

Presidente da CPI da Câmara Legislativa que investiga os atos de 8 de janeiro, o distrital Chico Vigilante espera que a coronel Cintia Queiroz de Castro, que vai depor na quinta-feira, 27, possa elucidar o apagão das forças de defesa no dia das invasões.

A coronel é subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e, em tese, foi a responsável pela elaboração do protocolo de ações integradas para o 8 de janeiro. Só que, nesse dia, o protocolo foi solenemente ignorado.

O que ocorreu, diz Chico Vigilante, é que mentiram quando elaboraram o programa de segurança para aquele dia, pois disseram que tinham sido destacados 600 homens treinados, mas na verdade, contavam na Esplanada com 200 cadetes que ainda são iniciantes, pessoas que não estavam preparados para operações de rua.

“Existe uma cadeia de responsabilidade nisso tudo, como o coronel Fabio Augusto, da Polícia Militar, que foi até lá para apanhar, ou o então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, que foi para os Estados Unidos e deixou a baderna estabelecida aqui”.

Hoje, acrescentou o distrital, “eu acho que fizeram tudo isso acreditando que o golpe iria se perpetuar e voltariam nos braços dos apoiadores, com uma ditadura estabelecida no Brasil”.

Série de convocações

Além de ouvir o depoimento da coronel Cíntia, a CPI votará no dia 27 as convocações do coronel Klepter Rosa Gonçalves; comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, do general Marco Edson Gonçalves Dias, até há pouco ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; do general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, seu antecessor no cargo.

Além disso, a distrital Paula Belmonte requereu a convocação de Ana Priscila Azevedo, apontada como uma das principais organizadoras dos atos terroristas em Brasília, e de Adriano Machado, fotógrafo da Reuters, que esteve trabalhando no Planalto no dia 8.

Enfim, um último requerimento, de Chico Vigilante, convoca os generais Augusto Heleno, Dias e Gustavo Henrique Dutra de Menezes, esclarecendo, porém, que todos deporão na condição de testemunhas.

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