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Do Alto da Torre
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O polêmico currículo de Júlia Lucy

Após gritaria de redes sociais, a ex-distrital corrigiu a informação, avisando que tinha sido apenas monitora na UnB. Monitores são alunos, ainda antes de se formarem

Eduardo Brito

09/02/2023 19h36

Mesmo tendo deixado a Câmara Legislativa, a ex-distrital Júlia Lucy está causando polêmica. Mesmo agora, quatro meses após sua eleição, gente malvada descobriu que em seu currículo vitae, na plataforma Linkedin, informou que havia sido professora convidada no Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília.

A reação foi imediata: o Instituto negou que Lucy tenha lecionado em qualquer um de seus cursos – lógico, para dar aula na UnB é necessário possuir mestrado stricto sensu ou doutorado, quando Júlia Lucy conta apenas com uma especialização em Gestão de Políticas Públicas, pela Upis.

Após gritaria de redes sociais, a ex-distrital corrigiu a informação, avisando que tinha sido apenas monitora na UnB. Monitores são alunos, ainda antes de se formarem.

A verdade é que um ponto soa estranho: por que tanta gente se importou com isso? Júlia Lucy foi até comparada com George Santos, o primeiro brasileiro a se eleger deputado federal nos Estados Unidos, causando enorme escândalo quando descobriram que ele falsificara dados na campanha, dizendo que se formara em Harvard e Yale, além de ter trabalhado nos principais bancos de investimento do país, embora nem tivesse primeiro grau completo.

Hoje, George enfrenta pressão para renunciar. O caso da ex-distrital nem chega perto disso. O verdadeiro problema é que Júlia Lucy transformou suas redes sociais em um arsenal contra o governo Lula, espinafrando os pronunciamentos do presidente, o que a tornou um alvo fácil dos adversários.

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