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Do Alto da Torre
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O décimo-quarto

Arquivo Geral

20/06/2017 7h00

Atualizada 19/06/2017 23h04

O bloco dos 13 pode contar com o voto do deputado distrital Chico Leite (Rede), que, a depender das emendas, pode sim ser favorável à criação do Instituto Hospital de Base, que será discutido hoje na Câmara Legislativa. Até a noite de ontem, ele se reunia com a equipe técnica para avaliar o que fora proposto pelos colegas. Ele figura na lista do governo como dúvida.

Um peemedebista entre eles

Surpresa mesmo na relação que está na palma da mão do governador Rodrigo Rollemberg é o nome do deputado distrital Rafael Prudente (PMDB). Ele não reconhece que votará com o governo, mas a posição dele é conhecida – e faz partes das contas do Palácio do Buriti. Ontem, Prudentinho passou o dia em reuniões e mandou dizer que já tem voto pronto sobre a questão, mas que não adiantaria, no entanto, como pretende se posicionar.

Sob controle

Um dos pontos mais polêmicos do projeto que institui o Instituto Hospital de Base é a criação do conselho administrativo da entidade. Para os sindicatos, o controle está completamente com o governo, que escolherá, no fim, todos os nove membros. O primeiro é o secretário de Saúde, que terá cadeira cativa no colegiado; outros quatro serão indicados pelo governador; e os demais quatro componentes serão apresentados em lista tríplice para aprovação final do chefe do Executivo – serão representantes do Conselho Regional de Medicina, do Conselho de Saúde do DF; dos pacientes do SUS; e de trabalhadores.

Lira Safadão

Não tem sido fácil ser o deputado Lira (PHS). Agora, ele virou personagem principal de uma página criada para – como se diz na internet – zoá-lo. Em referência – e até usando a logomarca dele – ao cantor Wesley Safadão, o Lira Safadão satiriza posts, feitos e “não feitos” do parlamentar. Lira, no entanto, também tem contribuído com muito material para alimentar uma produção deste tipo – desde a controversa atuação dele na CPI da Saúde, até as ideias monarquistas defendidas na Câmara Legislativa.

Destempero

Visivelmente irritado, nervoso e em tom bem acima do educado, o governador Rodrigo Rollemberg atacou servidores, em discurso em Ceilândia, na semana passada. A repercussão foi rápida e, entre tantas, a ex-secretária de Saúde Maninha se manifesta dizendo que a saúde do DF não tem conserto com este governador. ”A proposta de privatização disfarçada do Hospital de Base mostra a incompetência gerencial e o descompromisso com o SUS. Portanto, ouvir o destempero do governador atacando os dirigentes sindicais é um absurdo e mostra incapacidade de gestão”, diz.

Comício

Para o PSOL-DF, partido do qual Maninha faz parte, o que Rollemberg faz, no discurso, é um “comício, como se estivesse em campanha, com demagogia e mentiras”. Para a sigla, a organização das categorias contra a criação do Instituto Hospital de Base são legítimas. “Defendemos a saúde pública e gratuita, com servidores concursados, bem remunerados e que prestem um bom atendimento a população”, diz o partido em nota.

Panelaço na Infraero

Vestidos de preto e munidos com panelas e apitos, trabalhadores aeroportuários são esperados na frente do prédio onde funciona a diretoria da Infraero, hoje, para uma manifestação organizada pelo Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina). O ato é contra o que pretenderia o governo Michel Temer: privatizar e extinguir a Infraero. “Ou reagimos agora ou estaremos liquidados, e não só os aeroportuários, mas todos os brasileiros, porque a infraestrutura aeroportuária é patrimônio do povo brasileiro e essencial para o País”, defende Francisco Lemos, presidente do Sina.

2018 bem aí

O presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, aposta que a transformação do Hospital de Base em instituto seja um plano eleitoreiro de Rollemberg.

Então vai ser bom?

Mas, se tem pretensão eleitoreira o governador com o projeto, significa que vai melhorar o atendimento, na ponta. Ou os eleitores vão achar que melhorou, mas, na verdade, não?

Pouco importa a forma

Ou, para a população, que está à espera de um milagre, não importa de que forma o atendimento virá, desde que chegue?

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