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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

MDB, PP e Avante estão com Ibaneis

Arquivo Geral

26/07/2018 7h00

OAB/Divulgação

Ganha musculatura o projeto de candidatura do advogado Ibaneis Rocha (MDB/foto) para o Governo do Distrito Federal. Nos bastidores, o ex-presidente da OAB/DF já conta com o suporte do MDB, PP e Avante. No inconstante cenário “pós-desistência” de Jofran Frejat (PR), o projeto caminha em ovos. A busca de consenso e de composições naturais é fundamental para a conquista de potenciais aliados, inclusive no acerto para a definição do nome para a vice-governadoria. Esta estratégia é necessária inclusive para a sedimentação do apoio nas respectivas militâncias de MDB, PP e Avante.

Três esquerdas
O PCdoB e o PPL assinaram um documento para andar de mãos dadas na campanha deste ano, independentemente do rumo. Eles já sonharam em formar uma chapa com Rede e PDT, mas o cenário não permite mais tal ambição. Com a ida da Rede para a base do PSB e a iminência de o PDT seguir o mesmo caminho, os aliados consideram até lançar um nome para o Buriti. O presidente do PPL, João Goulart Filho, se anima com a possibilidade porque, com a saída de Jofran Frejat (PR) da disputa, ele acredita que os “votos da direita” serão diluídos em cinco candidaturas. Contando com os nomes de Rollemberg e de um postulante do PT nas urnas, ele espera lançar uma terceira opção da esquerda para diminuir o desequilíbrio no pleito.

Fácil não é
A alternativa de PCdoB e PPL preencherem vagas majoritárias se dá pela falta de vontade em coligar com o PSB de Rodrigo Rollemberg. As duas legendas querem se aliar a Peniel Pacheco na chapa do PDT, mas não acreditam que o nome do ex-distrital sequer chegará às urnas. “Já notei nas conversas com o PDT muito desânimo. Para esperar até o dia 5 (de agosto, data da convenção regional do partido) já vai perder o fôlego. Seria o ideal essa via progressista, mas acho muito difícil”, conforma-se Goulart Filho.

Contudo, há esperança
O presidente do PCdoB, Augusto Madeira, é menos pessimista quanto a Peniel permanecer na briga pelo Governo de Brasília. Para ele, a ida do PDT para a base de Rollemberg “não são favas contadas”. “Os parlamentares de lá dizem abertamente que preferem buscar uma alternativa à coligação com o PSB”, ressalta o comunista, em referência aos distritais Joe Valle e Cláudio Abrantes.

De onde virão os votos?
Após todos os partidos de sua coligação terem escolhido o nome de Rogério Rosso (PSD) para concorrer ao governo, preterindo Izalci Lucas (PSDB), o tucano bateu o pé que seria candidato, mesmo sozinho. Parecia improvável, distante, mas ontem Izalci amanheceu novamente como pré-candidato da chapa, principalmente pela falta de vontade de Rosso. Agora, ele precisa provar que tem envergadura para seguir na disputa (leia mais na página 6). Em 2014, dos oito deputados federais eleitos, foi o terceiro menos votado, com pouco menos de 72 mil votos, menos até do que o não-eleito Alírio Neto (PTB), hoje vice na chapa de Eliana Pedrosa (Pros). A missão é dura.

Ame-o ou nem venha
Os principais nomes do PT-DF concorrerão aos cargos proporcionais este ano. Érika Kokay, Policarpo, Chico Vigilante, Magela e Arlete todos tentarão vagas nas Câmaras Legislativa ou Federal. O distrital Wasny de Roure é o único que tentará vôos maiores como postulante ao Senado. Mesmo assim, Chico Vigilante deixa claro que o partido interessado em se juntar aos petistas pode esperar, no máximo, dividir as candidaturas para distrital e federal. “Temos dois pré-candidatos a governador e vamos definir os dois do Senado. Quem quiser coligar tem que se adaptar a isso”, bateu o pé.

Nunca tão só
A dois dias da convenção regional do partido, que vai definir os nomes, tudo indica, portanto, que o PT vai com uma chapa pura para o pleito de 2018, algo que não acontecia desde as primeiras eleições do DF, em 1990, quando Carlos Saraiva, José Alberto Pinheiro e Lauro Campos encabeçaram a chapa. Para 2018, o advogado Afonso Magalhães e o economista Júlio Miragaya ainda brigam pela vaga para tentar o governo, enquanto Wasny de Roure e o professor de direito Marcelo Neves são os favoritos, dentre cinco nomes, para tentar o Senado.

De volta
Ibaneis se lançou como pré-candidato ao Governo de Brasília no começo do ano, mas se retirou da disputa para apoiar a chapa encabeçada por Frejat. No primeiro sinal de desistência do ex-secretário de Saúde, ele já havia se colocado à disposição para “onde seu partido precisasse” e sempre deixou em aberto a possibilidade de tentar o Buriti.

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