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Do Alto da Torre
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Marcas de Lula nas escolhas do PT brasiliense

“A decisão de apoiar Guilherme Sigmaringa não veio de uma articulação de bastidor, nem de vaidade pessoal, mas nasceu de um momento simbólico”, conta Chico Vigilante

Eduardo Brito

29/05/2025 18h30

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Foto: Reprodução/Redes sociais

Ícone do PT brasiliense, o distrital Chico Vigilante revela que teve a marca do próprio presidente Lula na escolha do provável presidente regional Guilherme Sigmaringa. E mostra também que não se trata de uma simples escolha de nome, mas da busca de um novo padrão de unidade.

Chico Vigilante. Foto: Divulgação

“A decisão de apoiar Guilherme Sigmaringa não veio de uma articulação de bastidor, nem de vaidade pessoal, mas nasceu de um momento simbólico”, conta Chico Vigilante.

As principais figuras do partido estavam juntas “ali mesmo, ao lado do presidente Lula, no Sol Nascente, durante o lançamento da Pedra Fundamental do novo campus do Instituto Federal de Brasília e foi quando Lula olhou nos nossos olhos – os mais próximos eram eu, Ricardo Vale e Gabriel Magno – e falou com sinceridade sobre a dificuldade de construir unidade no PT do Distrito Federal”.

O resultado, resume Chico, é que “aquilo nos tocou profundamente, pois era um chamado à responsabilidade”.

Hora de somar, não de dividir

Chico Vigilante admite que “poderia ter sido qualquer um de nós. Meu nome, inclusive, foi colocado na roda”. Mas entendemos que era hora de somar, não dividir. De ouvir mais do que falar. E foi ouvindo que chegamos ao nome certo: Guilherme Sigmaringa.

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Guilherme Sigmaringa. Divulgação

Guilherme representa uma geração que não tem medo de sonhar grande. Tem história, tem preparo e, o mais importante, tem compromisso real com o povo, com a democracia e com o legado do nosso partido.

Tudo isso sem falar na família Sigmaringa, outra marca do partido, em especial o pai de Guilherme, o falecido deputado Sigmaringa Seixas, que não só era amigo pessoal de Lula como exerceu grande peso nos governos petistas, em especial na área judiciária.

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Foto: TV Globo/Reprodução

“É por isso que estamos com ele. Com convicção, com esperança e com coragem”. Chico Vigilante assume um compromisso: “Vamos juntos construir esse novo tempo. Guilherme, conte comigo – de mãos dadas até o fim”.

Conversa mais dura

Pelos depoimentos, a conversa de Lula foi mais dura. Textualmente: “vocês aqui do DF brigam demais; só brigam; e assim não chegarão a lugar nenhum”.

Essa frase, na interpretação de um deputado petista, se refere à disputa histórica entre correntes como as de Érika Kokay e Geraldo Magela, sem falar em grupelhos minoritários.

Teria sido por isso que em 2022 o PT sequer lançou candidato a governador, recorrendo a Leandro Grass, do PV, para ao menos não repetir o papelão da eleição anterior, quando o partido teve 4% dos votos.

Ricardo Vale, que estava mais próximo à Lula, apelou a Chico, pedindo que fosse ele o candidato, mas o distrital recusou. Disse que precisaria ser um nome jovem, após o atual presidente, Jacy Afonso “ter tirado o partido da UTI”.

Queda vertical

Apesar da festa e da esperança, ainda não há convicção de que o PT se recupere. Desde que o Distrito Federal recuperou a autonomia, o PT participou de nove eleições para governador.

Nessas nove, esteve em quatro segundos turnos e elegeu dois governadores, Cristovam Buarque e Agnelo Queiroz.

Duas outras vezes ficou em segundo lugar, mas nas três últimas eleições o desempenho foi desastroso. Gulherme Sigmaringa carrega essa responsabilidade nas costas. Cristovam e Agnelo nem estavam na eleição.

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