Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Juros eleitorais

Só para lembrar, há quase um ano a redução de juros se dava a pelo menos meio ponto percentual a cada reunião do Copom

Eduardo Brito

09/05/2024 18h38

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ex-secretário-executivo do Ministério da Justiça e hoje presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Ricardo Cappelli se mostra cada vez mais disposto a uma candidatura. Assumiu a ponta nas críticas à redução na política de corte de juros que vinha sendo conduzida pelo Banco Central.

Só para lembrar, há quase um ano a redução de juros se dava a pelo menos meio ponto percentual a cada reunião do Copom. Esta semana, o corte foi reduzido à metade – previsivelmente, pois o dólar subira muito e o governo conduzira a um afrouxamento na política fiscal, o que significa sinal de alarme para qualquer pais que tenha juízo.

Mas Cappelli adotou, de público, postura semelhante à linha dura lulista. “Não há nenhum argumento técnico”, disse ele, “que justifique a redução da taxa de juros de apenas 0.25. É manifestação ideológica que prejudica o desenvolvimento e a geração de empregos e o setor automotivo, mas os juros precisam cair mais e mais rápido”.

Esse é o discurso petista oficial, tipo Gleisi Hoffmann, mas não o da área técnica do governo, o que só aumenta a desconfiança de que Cappelli se prepara de verdade para uma campanha eleitoral.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado