O discurso oficial, como de praxe, era de uma visita de cortesia. Mas o convidado principal, o ex-ministro José Dirceu, impressionou os distritais com seu conhecimento sobre os pormenores da política do Distrito Federal.
Ele almoçou na Câmara Legislativa, com seu presidente Wellington Luiz e os proponentes o encontro, a bancada petista. Estavam lá o distrital Chico Vigilante, previsivelmente o principal autor da iniciativa e o mais próximo de Dirceu, o vice-presidente Ricardo Vale, o distrital Gabriel Magno, todos do PT, e a distrital Dayse Amarílio, do PSB, além do ex-deputado Raimundo Ribeiro.
Tanto se falou de política local que alguém acabou perguntando se José Dirceu aceitaria se candidatar pelo Distrito Federal na próxima eleição. Ele negou, claro. Mas brincou: a essa altura, eu sou mais é brasiliense, referindo-se aos anos em que mora na cidade. Inclusive, tornou claro: escolheu mesmo residir em Brasília.
Dirceu mostrou-se ainda antenadíssimo com o quadro internacional. Retornou há pouco da Rússia, impressionando-se com o crescimento do país. Achou que, na verdade, a guerra fez bem para a economia de lá.
Viaja nos próximos meses para a China. Ouviu então o apelo inevitável: veja como consegue ajudar Brasília com esses novos conhecimentos. Sobre isso, fez um comentário:
“Não podemos permitir que o Brasil perca o rumo por conta de pequenas crises políticas, pois somos um país com uma oportunidade de ser o centro do mundo na transição energética, na questão da ecologia”, declarou.