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Do Alto da Torre
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Mas, dizem eles, Arruda insiste em que prefere um mau acordo a uma boa briga

Eduardo Brito

17/06/2022 5h00

Foto: Reprodução/Agência Brasil

O ex-governador José Roberto Arruda confirma que, em recuperando a elegibilidade, tende a disputar as eleições para deputado federal. Tem duas razões para isso. Primeiro, todas as pesquisas confirmam o favoritismo de sua mulher, a deputada Flávia Arruda, para o Senado. Segundo, diz ele, ao retornar prefere a humildade. Mas, frisa, sendo respeitado. Essa posição não abala a convicção, comum a muitos integrantes do seu PL, de que teria todas as condições de retornar ao Buriti. Mas, dizem eles, Arruda insiste em que prefere um mau acordo a uma boa briga.

A maior das bancadas

Para o PL de Valdemar Costa Neto, uma candidatura de Arruda seria a deputado federal seria maravilhosa. O interesse maior do partido, como de todos os demais, é formar uma grande bancada, pois é isso que garante quociente eleitoral, tempo de rádio e televisão, e principalmente verbas dos fundos partidário e eleitoral. O PL brasiliense, aliás presidido por Flávia Arruda, imagina que uma candidatura do ex-governador à Câmara puxaria uma bancada de quatro cadeiras ao menos, ou seja, metade das vagas brasilienses. Ainda mais que ele se somaria a Alberto Fraga, Bia Kicis e Agaciel Maia, entre outros latifundiários de votos. Não seria demais sonhar até com mais do que quatro cadeiras.

Lançamento de Veras

O distrital Reginaldo Veras, do PV, fará o lançamento de sua pré-candidatura a deputado federal na noite do dia 23, em Taguatinga. Ele concorre pela federação PT-PV-PCdoB. Fará também uma prestação de contas de seu mandato, que funcionará como plataforma eleitoral. Dirá que, após investir maciçamente na melhoria das escolas, levou outros distritais a seguir seu exemplo, “o que permitiu que uma revolução silenciosa nas unidades de ensino do DF tivesse início”. Ao longo de quase oito anos foram R$ 40 milhões investidos na melhoria das unidades de ensino através do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira, além de uma economia de mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos quando abriu mão das verbas indenizatória e de gabinete.

Mais segurança

O governador Ibaneis Rocha voltou a fazer contas. Constatou que em três anos de sua gestão nomeou mais de 3.500 profissionais para a área de segurança pública. É a isso, dentre outras medidas, que Ibaneis atribui a queda dos índices de criminalidade em todo o Distrito Federal. Assassinatos, lesões corporais, roubos declinaram desde a sua posse, segundo levantamentos da segurança pública.

Trânsito melhor

O princípio vale até para o trânsito. Está matando menos. Levantamento do Detran aponta que, em maio deste ano, houve 15 mortes no trânsito da capital, o que significa uma queda de 28,5% se comparado a abril, quando ocorreram 21. Houve redução também em relação a maio de 2021, quando 18 pessoas morreram no trânsito. O mês do Movimento Maio Amarelo registrou o menor índice para maio desde 2000, quando foram registradas 47 mortes

Compromisso revivido

Gente malvada revolveu as gavetas virtuais e recuperou vídeo em que, na campanha eleitoral passada, o então subtenente João Hermeto gravou um vídeo, ao lado de dois outros colegas, onde fez compromisso com sua corporação, a Polícia Militar do Distrito Federal, de que não venderia seu voto a governador nenhum. “Se Deus permitir eu chegar na Câmara Legislativa, não negociarei meu voto por cargos, enchendo administrações e secretarias com cabos eleitorais”. Eleito, Hermeto indicou até administradores regionais e virou líder do Buriti na Câmara Legislativo. O objetivo da ressurreição do vídeo, que passou a circular entre policiais militares, é desgastar as possibilidades de reeleição de Hermeto, que enfrenta outros integrantes da corporação este ano. Entre os candidatos vistos como sérios concorrentes está a coronel Sheila, que disputa a cadeira de distrital pelo PSD. Hermeto, por sua vez, está alinhado com o ex-comandante geral da PM, Márcio de Cavalcante Vasconcelos, que deixou a função e se filiou ao MDB para ser candidato a deputado federal.

Liberdade de Imprensa

O candidato Leandro Grass, do PV apoiado pelo PT, manifestou sua solidariedade ao Repórteres Sem Fronteiras, que mostrou em relatório a importância da liberdade de imprensa. “Nossa luta pela democracia passa pela defesa dos jornalistas, responsáveis por levar informação de qualidade à população”, comentou Grass, postando um mapa do próprio Repórteres Sem Fronteiras que coloca o Brasil em 110º lugar entre os países que mais respeitam a liberdade de expressão. O objetivo, claro, era criticar o Brasil de Bolsonaro. Só que o mapa escolhido por Grass mostra que os campeões em restrições à imprensa na América Latina – coloridos em tons mais escuro que os demais – são Venezuela, Cuba e Nicarágua. Três queridinhos de seus novos amigos.

Cotações

Só para explicar, na avaliação do Repórteres Sem Fronteiras só dois países latino-americanos têm nota máxima, no grau situação boa, a Costa Rica e a República Dominicana. A situação é considerada satisfatória na Argentina, Uruguai e Guiana. O Brasil está na seguinte, com problemas visíveis, ao lado de Chile e Peru, entre outros. É preciso lembrar que o relatório não leva em conta apenas a liberdade de imprensa, a censura. Pesa também a violência contra jornais e jornalistas. Por isso México e Bolívia estão em categoria pior, situação difícil. Já Venezuela, Cuba e Nicarágua estão na posição mais grave de todas, ao lado de Afeganistão, Rússia, Belarus e Coreia do Norte, onde a censura é absoluta e a prisão de jornalistas, idem. A imagem mostra: quanto mais escura a cor do país no mapa, pior a situação da mídia. Os países em azul são os que vivem mais liberdade.

Depressão em gestantes

O Plenário do Senado aprovou o substitutivo da senadora brasiliense Leila Barros a projeto que exige a inclusão do rastreamento de sintomas depressivos em gestantes entre as ações previstas no pré-natal. Como esse projeto de lei foi modificado no Senado, ele retorna para nova análise da Câmara dos Deputados, onde teve origem. A proposta determina que o rastreamento dos sintomas depressivos deverá ser feito preferencialmente no primeiro e no terceiro trimestre de gestação. Identificada a doença, as gestantes deverão ser imediatamente encaminhadas para acompanhamento por psicólogo ou psiquiatra. “Essa proposta vai nos ajudar a prevenir a depressão pós-parto e o suicídio materno”, explicou Leila Barros. Como relatora, Leila acrescentou um dispositivo ao projeto para que, independentemente da presença de sintomas depressivos, a gestante em cujo nascituro se tenha identificado anomalia seja prontamente encaminhada para avaliação. O mesmo valerá para a mãe cujo recém-nascido apresente deficiência, doença rara ou crônica.

Pastor evangélico não é empregado

A Justiça do Trabalho negou vínculo de emprego de um pastor com uma igreja evangélica. Para o juiz Felipe Clímaco Heineck, titular da vara de Trabalho de Congonhas, Minas Gerais, a relação mantida entre os envolvidos possuía apenas cunho religioso, já que as funções exercidas eram inerentes à fé e prática religiosa, sem inserção econômica. O reclamante alegou que foi contratado como “ministro religioso pastor” e que morava nos aposentos da igreja, ficando 24 horas à disposição da entidade. Relatou “que era um fiel da igreja, sendo participativo na organização”. E que, a partir de 2015, começou a trabalhar para a igreja em Uberlândia, tendo sido convidado com promessa de pagamento a cada quinzena. Foi transferido pela igreja para uma série de outras cidades. De seu lado, a igreja alegou que o colaborador prestou serviços em razão do compromisso assumido para com o ministério de sua fé, tratando-se de atividade religiosa desenvolvida de forma voluntária. Ao decidir o caso, o juiz ressaltou que não existe obstáculo para que uma entidade religiosa contrate empregados, na forma do artigo 3º da CLT. “Todavia, no termo de adesão, devidamente assinado pelo colaborador, este se declara ciente de que a prestação de serviços teria caráter estritamente voluntário e gratuito, exercido por convicção religiosa, sem visar qualquer vantagem de ordem financeira”, concluiu.

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