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Do Alto da Torre
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Futuro Congresso pode reproduzir o atual  

A única alternativa é o governo Lula reverter essa tendência, com a máquina administrativa girando

Eduardo Brito

29/01/2024 18h44

Foto: Youtube/Ricardo Stuckert/PR

As eleições municipais, que começam a esquentar, deverão sinalizar a próxima composição da Câmara Federal. Caso o índice de reeleição dos atuais prefeitos seja alto, é muito provável que não haja mudanças significativas na próxima Câmara.

A única alternativa é o governo Lula reverter essa tendência, com a máquina administrativa girando, levando recursos e atendendo os municípios. A análise é do cientista político Antônio Lavareda, autor do recém-lançado De Bolsonaro a Lula III – Pesquisa, Eleição, Democracia e Governabilidade, livro em que ele também avalia o início do governo Lula e projeta quem poderá estar na disputa pela presidência daqui a dois anos, além das condições em que deverão ser disputadas essas eleições.

O livro demonstra a ampliação da participação da direita no Congresso desde 2012 e seus reflexos, inclusive com a fragmentação de partidos, em uma tendência parecida com a dos evangélicos, que crescem e também se fragmentam. Lavareda lembra a importância do eleitorado evangélico, conservador, que pelas suas contas chega a 30% no conjunto do País e a 40% em algumas cidades, como o Rio de Janeiro.

Candidaturas sem surpresas

Lavareda acredita que não haverá grandes surpresas em relação aos atores políticos que vão disputar a próxima eleição presidencial. No livro, ele analisa as chances de governadores saírem como candidatos à presidência em 2026, como Tarcísio, Zema, Ratinho e Ronaldo Caiado.

O cientista político entende que o bolsonarismo veio para ficar, independente da inelegibilidade de seu líder. O bolsonarismo se tornou um equivalente funcional de um partido, e poderá chegar em 2026 mais forte, conforme o comportamento do governo Lula, ou debilitado, caso Bolsonaro permaneça inelegível.

“Salvo algum problema pessoal, Lula será candidato à reeleição em 2026. Ele precisa ser candidato para não fragmentar a sua base”, acrescenta Lavareda. De outro lado, “a direita aparece fragmentada, porque nela aparecem espaços. Teremos vários candidatos à direita”, completa.

O cientista político afirma que, do ponto de vista das pesquisas, a posição do atual presidente é confortável em relação às próximas eleições, caso se lance candidato à reeleição.

 

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