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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Encontro com os amigos

E nos primeiros momentos da sua fala, por umas duas vezes bateram palmas demoradas após suas manifestações

Eduardo Brito

16/03/2023 19h58

Foto: Reprodução/Youtube

Preso há mais de 60 dias, ao longo desse tempo o ex-comandante de Operações da Polícia Militar, tenente coronel Jorge Eduardo Naime, não pôde ver muitas pessoas que sequer tiveram o direito de visitá-lo onde ele está detido.

Estas pessoas, amigos próximos, parentes e amigos policiais militares que estão do lado dele, todos compareceram à sessão da CPI da Câmara Legislativa nesta quinta-feira, 16.

E nos primeiros momentos da sua fala, por umas duas vezes bateram palmas demoradas após suas manifestações. Foi preciso presidente da CPI, Chico Vigilante, proibir as palmas, dizendo que no local estava havendo uma oitiva e não cabiam, portanto, aplausos a quem quer que seja.

A mulher dele ganhou o direito de ficar sentada na primeira fila da bancada do plenário dedicada aos assentos dos deputados.

Conclusão do depoimento

O que mais chamou a atenção dos integrantes da CPI foi a afirmação, feita por Naime, de que no dia 12 de dezembro, quando houve tentativa de invasão à sede da Polícia Federal e transformaram a Asa Norte um palco de guerra, ficou evidente a destreza dos combatentes contra a polícia.

“Eram pessoas com técnica de guerrilha e antiguerrilha, era gente com conhecimento disso”, afirmou Naime. Para o presidente da CPI, Chico Vigilante, “o depoimento de Naime leva a crer que o Exército não agiu mesmo para impedir depredações”.

E se fizeram as pazes

A sessão de depoimento do tenente-coronel Naime serviu também para os distritais Chico Vigilante e Paula Belmonte selaram as pazes após confronto político-regimental, após o presidente da CPI cortar o som do microfone de Paula.

Desta vez a distrital chegou cedo, como membro titular e se inscreveu para falar e na hora de falar lhe foram concedidos 20 minutos para fazer as perguntas que quisesse ao coronel Naime.

Ela abordou o tema que pretendia na outra oportunidade, a responsabilidade do atual governo federal nas invasões, e acabou antes do prazo. Chico Vigilante, que adora provocar, disse a ela: “a senhora veja que teve aqui todo o direito de fazer as perguntas que quis, falar o que quis e ainda concluiu sua fala faltando um minuto e 25 segundos do prazo que eu lhe dei. Para que nunca mais se diga nesta casa que eu cerceei o direito de quem quer que seja de falar nesta Casa”. Ela riu e quando acabou a sessão da CPI os dois se abraçaram.

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