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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Elogios, mas com restrições

Isso não significa, porém, que Arruda concorde com tudo o que consta do PPCUB que passou pela Câmara Legislativa

Eduardo Brito

25/06/2024 18h17

Arquivo/Agência Brasil

Avisa o ex-governador José Roberto Arruda que achou positiva a aprovação do PPCUB, o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília, que havia sido delineado desde os tempos em que estava no Buriti, mas depois passaram-se três governos sem que nada avançasse. Isso não significa, porém, que Arruda concorde com tudo o que consta do PPCUB que passou pela Câmara Legislativa.

Pelo contrário, há pontos que precisam ser reconsiderados. Entre outros, Arruda cita o adensamento urbano na região da antiga Academia de Tênis, que poderia abrigar até 20 mil pessoas, uma cidade inteira. Lembra também a mistureba de motéis com escolas e igrejas nas quadras 900 e 700.

E só apenas alguns exemplos. Arruda aposta, porém, que com a força mostrada ao aprovar o projeto e  com uma equipe técnica eficiente, Ibaneis poderá corrigir esses pontos.

Afinal, lembra o ex-governador, a Unesco qualificou Brasília a única cidade patrimônio nacional da Humanidade atualmente e não poderia tolerar modificações radicais nos planos de Lúcio Costa como a elevação dos gabaritos dos hotéis centrais.

Debate no Senado

Também nesta terça-feira, 25, a senadora brasiliense Leila Barros organizou um debate sobre o PPCUB, reunindo quase exclusivamente opositores ao Buriti. Janaina Domingos Vieira, secretária-adjunta de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal, declarou que a minuta encaminhada pelo Governo do Distrito Federal para a Câmara Legislativa estava “amadurecida” após oito audiências públicas e o trabalho da câmara técnica formada para estudar a proposição. 

“Isso não é um cheque em branco, porque para qualquer alteração são necessárias leis complementares. E, para fazer a lei complementar, temos de seguir a lei orgânica”.

Ela visou esclarecer algumas das modificações, como a referente ao setor de clubes, na qual, segundo Janaína, não estão sendo criados lotes, “porque eles já existem”. A secretária disse ainda que nessa região já estavam previstos hotéis e apart-hotéis.

“Assim que o projeto retornar para o Executivo, vamos avaliar a consequência das emendas que foram propostas. Precisemos de uma análise, sim, do que foi acatado”, acrescentou ela.

Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass disse que coube ao órgão orientar e fazer recomendações ao governo do Distrito Federal a partir das leis vigentes.

Segundo Grass, algumas dessas recomendações foram acatadas pelo governo do Distrito Federal e outras, não.

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