Ensina o atual presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente, que a eleição para o cargo que ocupa hoje envolve negociação voto a voto.
A discussão não se dá entre partidos ou blocos partidários, mas com cada distrital. É por isso que a escolha dos demais integrantes da Mesa Diretora depende da definição da presidência.
Nada impede, porém, que os distritais coloquem seus nomes em jogo, até para facilitarem a barganha. Dois deles já se colocaram como postulantes à vice.
O primeiro é Daniel Donizet, que tem a seu favor representar a maior bancada na Câmara, o PL, além de ter sido reeleito com maior votação. Mas também se colocou um oposicionista, o petista Ricardo Vale, que já foi distrital anteriormente.
Ao contrário do que acontece no Congresso, não há determinação rígida para a representação proporcional nas chapas. Parece pouco provável que a bancada governista – e o Buriti, que tem sempre papel predominante na escolha – aceitem um oposicionista na vice. Afinal, ele pode bem substituir o presidente em caso de imprevistos.
Vale entra no jogo
Ricardo Vale disse nesta terça-feira, 22, que está “muito feliz por ter sido indicado pelos parlamentares do nosso bloco para a vice-presidência da Câmara Legislativa no mandato que se inicia”. As conversas ainda estão acontecendo, revela.
“Caso eu seja escolhido pelos demais deputados, será uma grande honra ajudar a Mesa Diretora da Câmasra, mas também estou ajudando na composição das comissões temáticas da casa”.
Afinal, comenta, “quanto maior a participação de todas e todos deputados, melhor para a harmonia da nossa Câmara, com transparência e isenção”.