O deputado brasiliense Reginaldo Veras, do PV, descobriu que o coco verde pode ser mais um problema do que uma solução. Apresentou projeto de lei para determinar a implantação de sistemas de coleta seletiva e logística reversa para o coco verde.
O texto já começou a tramitar na Câmara dos Deputados e insere essa exigência na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Se o projeto de Veras for aprovado, produtores, distribuidores, comerciantes e transformadores pós-consumo de coco verde serão obrigados a estruturar esses sistemas de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. Ou seja, deverão criar lixinhos próprios.
“A casca do coco verde, hoje descartada por todos no lixo convencional, em grande volume e sem nenhuma preocupação, demora muito tempo para se decompor”, explicou o professor Reginaldo Veras ao apresentar o projeto.
A proposta prevê ainda ações de educação ambiental, com informações sobre gestão adequada do coco verde e práticas sustentáveis, sempre que possível em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores.
Mas o problema pode ser resolvido com certa facilidade. “Existem tecnologias que permitem a extração de materiais a partir dos resíduos de coco e possibilitam a recuperação de recursos valiosos, contribuindo para a economia circular”, explicou o deputado, ao defender as mudanças na legislação.