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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Diferença maior que a esperada

Só para lembrar, Henri Borel foi o menino torturado seguidamente e depois assassinado pelo padrasto, o vereador Jairinho, no Rio de Janeiro

Redação Jornal de Brasília

26/05/2022 5h00

Atualizada 25/05/2022 20h29

O assassinato do anjinho Henry Borel

Estimulada por muitos colegas, a deputada brasiliense Flávia Arruda entrou à última hora na disputa para a primeira vice-presidência da Câmara, cargo que cabe ao seu PL. Três cargos da Mesa foram trocados, tendo em vista as mudanças de legenda. Para a vice já havia um candidato oficial do PL, o deputado mineiro Lincoln Portela. Flávia, assim, concorreu de forma avulsa, assim como Capitão Augusto, Fernando Rodolfo e Bosco Costa. Ex-ministra de Bolsonaro, Flávia contava com o apoio de antigos colegas e de integrantes da bancada do governo, além do encorajamento do próprio presidente da Câmara, Artur Lira. Recebeu 83 votos, mas ficou só em segundo lugar. O que pesou mesmo foi o voto evangélico, dado em bloco a Lincoln Portela, que ficou com 232. Mas não deixou de ser uma demonstração de força da deputada. Dos três candidatos oficiais – a indicação é do partido, mas outros correligionários podem disputar no plenário – a menor votação foi a de Lincoln. O petista Odair Cunha obteve 325 votos para a segunda secretaria e, na terceira secretaria, Geovânia de Sá, tucana, recebeu 380. Flávia Arruda foi a única candidata avulsa a receber votação significativa.

Mulheres no Planalto

As deputadas brasilienses Flávia Arruda e Celina Leão, fizeram questão de ir ao Palácio do Planalto para assistir à assinatura da chamada Lei Henri Borel, que amplia punições para crimes contra crianças. Postaram-se uma de cada lado do presidente Jair Bolsonaro. Com elas, outras deputadas da bancada bolsonarista, como Carla Zambelli, Alê Silva, Jaqueline Cassol e Soraya Santos. Como lembrou Celina Leão, o projeto se inspirou na Lei Maria da Penha, mas voltada para a prevenção e punição da violência contra crianças. Só para lembrar, Henri Borel foi o menino torturado seguidamente e depois assassinado pelo padrasto, o vereador Jairinho, no Rio de Janeiro.

Conta de luz parcelada

Os consumidores brasilienses já podem parcelar em até 24 vezes o pagamento da conta de luz. A decisão foi tomada pela Neoenergia e, para isso, o pagamento pode ser feito pelo cartão de crédito, nas bandeiras Master, Visa, Hiper, Elo e Amex. Vale também para pagamento por meio do PIX e do Auxílio Brasil, também é possível quitar as suas faturas pela internet banking, débito automático e correspondentes bancários. Mas, sim, haverá cobrança de juros, na proporção de 2,39% ao mês, a taxa do cartão de crédito. A cobrança virá na conta, mas o juro não será da Neoenergia, mas do convênio com a Flexpag, que toca os pagamentos.

Buriti cineasta

O Governo do Distrito Federal está em vias de ganhar uma nova atribuição. Poderá submeter-se à obrigatoriedade de produzir e distribuir filmes educativos sobre as consequências da violência política de gênero e de raça. Essa nova missão consta de projeto de lei que acaba de ser apresentado pelo distrital Reginaldo Sardinha. Ele esclarece que esses filmes produzidos pelo Buriti deverão ser exibidos em escolas públicas e particulares do Distrito Federal. E, sim, a entrada deve ser gratuita.

Lançamento

Pelo jeito, a ex-ministra Damares Alves está disposta a transformar sua candidatura ao Senado pelo Distrito Federal em fato consumado. Marcou para 7 de junho, às 19h, o lançamento formal de seu nome. Será no Centro de Convenções – como o espaço é muito amplo, fica claro que ela espera um público significativo. É problema sério para o xadrez político brasiliense. Primeiro, divide a chapa já desenhada pelo governador Ibaneis Rocha com oito partidos. Segundo, mantém a esperança de setores bolsonaristas de lançamento de uma chapa puro-sangue, com Flávia Arruda e Damares.

Mobilização

No esforço para turbinar o evento de lançamento de Damares, quem mais está arregaçando as mangas é a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que retornou de viagem à Terra Santa com a própria Damares, com direito a muitas fotos e vídeos juntas. Filiada ao PL, mesmo partido do marido, Michelle tem se mobilizado para incrementar a festa, o que lhe daria maior amplitude partidária – só para lembrar, Damares é do Republicanos. Até ministros estão sendo convocados.

Nas goiabeiras

Na sua nascente campanha, Damares tem visitado cidades do Distrito Federal onde antes nunca pusera os pés. Afinal, morou em vários pontos do território nacional, só chegando a Brasília para trabalhar no Congresso, sempre na assessoria de parlamentares ligados a igrejas pentecostais. Foi o que bastou para gente malvada dizer que ela já elaborou o primeiro ponto de seu programa de governo. Seria transformar os imensos goiabais de Brazlândia em destino turístico religioso.

Discurso de ódio

Damares Alves postou um ataque ao ex-governador João Dória, a quem só se refere como “aquele que governou São Paulo”. Faz caretas pedindo que note como está triste. Aí, com um sorrido malvado, pergunta: “sabem porque eu estou triste? Porque eu queria que ele fosse esmagado nas urnas”.

Agora em paz

Após três anos de absoluto afastamento político embora filiados ao mesmo MDB, o ex-vice Tadeu Filippelli e o governador Ibaneis Rocha estão bem mais próximos. Em café da manhã com a Associação Brasiliense de Construtores nesta quarta-feira, 25 (foto), Filippelli dirigiu-se a Ibaneis para admitir que seu governo soube dialogar com os empresários. Ao lado do governador e do presidente da entidade, Afonso Assad, disse também que o setor da construção civil, a que pertence, recebeu o reconhecimento de seu papel, pois é o segmento que responde mais rápido a investimento, com a criação de emprego e renda. Ibaneis referiu-se a ele, várias vezes, como alguém que conhece os problemas do empresariado e também as grandes questões do Distrito Federal.

Relação com o empresariado

Ibaneis afirmou que, ao assumir, uma de suas primeiras intenções foi estabelecer novo padrão de relacionamento com o empresariado, “primeiro com transparência nas licitações e depois tratando os dirigentes de empresas com o respeito que merecem por serem os que na verdade criam empregos para a cidade”. Eles próprios reconhecem que os pagamentos têm sido feitos em dia. Ao longo do governo, revelou, o orçamento para obras subiu de 30% a 40%. No entanto, no que chamou de “manobra eleitoreira”, o Congresso está neste momento votando redução nos tributos sobre combustíveis, o que deverá ser enfrentado judicialmente pelos governadores. Afinal, trata-se de um corte de arrecadação, vindo de fora, em meio à execução orçamentária. E o GDF já absorveu a quase totalidade do aumento do diesel sobre o transporte público. Sem isso, a tarifa de ônibus teria saltado dos atuais R$ 5,50 para uns R$ 12. Mesmo assim, garantiu, chegará a dezembro com todas as contas em dia.

Câmara esvaziada

Dois dos 13 vereadores da vizinha Valparaíso de Goiás foram afastados judicialmente. Um deles, Francisco Portela, do Podemos, foi cassado por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás. Ele foi julgado culpado de compra de votos. O negócio, segundo o processo, foi flagrado em imagem no populoso distrito do Céu Azul e o vereador, já substituído pelo suplente Edson Souza Nunes, foi declarado inelegível por oito anos. Portela já havia sido envolvido em um escândalo, quando acusado de cobrar um carro novo para votar em um dos candidatos à Mesa Diretora da Câmara. O outro, Paulo Brito, foi mantido em prisão preventiva pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Também foi flagrado em imagens, no caso cobrando R$ 30 mil em propina de uma funerária local, quando era fiscal municipal.

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