A deputada brasiliense Bia Kicis, sempre ela, foi à tribuna condenar a censura. Tornou claro, porém, que condenava o que chama de “censura oficial”. Começou lembrando que, durante a campanha eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral proibiu, chamando de fake News, as acusações de oposicionistas às posições de Lula sobre a Venezuela.
“Fomos proibidos de dizer que Lula é amigo de Maduro, mas foi só ele tomar posse e lá estava Maduro a seu lado, em tapete vermelho”, disse a deputada. Bia começou a complicar-se, porém, quando disse que certas emissoras são apenas porta-vozes do governo, mas outras não.
Aí tornou claro que ela considera “desinformação” decisões como as da Justiça Eleitoral, informações da mídia oficial, que para ela inclui as grandes emissoras, além, é claro, do noticiário governamental.
Aí avisou o público que não deveria confiar na imprensa, “em matérias carimbadas pelos checadores da mídia”. Em quem confiar, então. Bia deu a resposta: nas redes sociais, que são formadas de pessoas de carne e osso. Sim, tudo isso da tribuna da Câmara dos Deputados.