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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Culpa não é das instituições

Referindo-se de início à Polícia Militar, Celina disse que “quem falhou foram pessoas que estavam no comando, identificadas, não as instituições”

Eduardo Brito

12/01/2023 19h00

Foto: Agência Câmara

A governadora em exercício, Celina Leão, isentou nesta quinta-feira, 12, as corporações de segurança do Distrito Federal de responsabilidades pelos atos de vandalismo e terrorismo do último domingo em Brasília.

Referindo-se de início à Polícia Militar, Celina disse que “quem falhou foram pessoas que estavam no comando, identificadas, não as instituições”. Afinal, completou, “ninguém pode atacar instituições do Estado Democrático de Direito, pois as instituições são maiores do que as pessoas, as pessoas falham, as instituições jamais falham”.

Por isso mesmo, avaliou a governadora, é que estão sendo feitos inquéritos para apurar a omissão. Citando também a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros Militares, Celina fez uma pergunta retórica: “Quantas outras manifestações nós já tivemos aqui no Distrito Federal e a PM agiu controlando perfeitamente, desde impeachments, a protestos, o 7 de setembro, quantas vezes a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Secretaria de Segurança falhou?” Portanto, concluiu, houve agora alguma falha, mas não na instituição.

Governo nas cidades

Ao iniciar uma série de trabalhos em Ceilândia, Taguatinga e Sol Nascente-Pôr do Sol, Celina anunciou que, paralelamente a esse trabalho, a Secretaria de Justiça iniciará uma operação “de governo nas cidades”, nelas instalando órgãos de governo pelo prazo mínimo de uma semana.

Ela fez questão de esclarecer que se trata “de uma determinação de nosso governador”, pois “o plano de governo com que fomos eleitos em primeiro turno está de pé”. Como governadora em exercício, frisou que “somos um time, e um time só”.

Sobre isso, disse que sua carreira política foi “sempre pautada pela lealdade, pela fidelidade e pelo caráter”. Chegou até a brincar, ao dizer que já tinha mostrado isso em seus mandatos parlamentares. “São quatro mandatos, estou bem velhinha, não?”.

CPI é legítima

Ressaltando que “acusação tem de ser provada”, a governadora justificou a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito, que ela acha “normal, pois os deputados têm a legitimidade para investigar”.

Acrescentou que e acredita na “neutralidade da comissão, de não se tornar uma CPI política, até pela qualidade dos deputados que estão lá, pois é muito mais importante investigar os atos, de onde partiram, e aplicar as punições adequadas do que politizar a CPI, porque se isso ocorrer ela perde o crédito da população”.

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