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Do Alto da Torre
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CPI cria climão entre distritais

“Não admitiremos que a censura de um partido impeça que toda verdade seja esclarecida, sem paixões, sem ideologias, sem manipulações“ promete Paula

Eduardo Brito

15/05/2023 20h12

Está cada vez mais azedo o clima entre os distritais que integram a CPI dos atos antidemocráticos na Câmara Legislativa. Tudo começou quando o presidente da CPI, o deputado Chico Vigilante cortou a palavra da colega Paula Belmonte, desligando o microfone em que ela contestava decisão da mesa da comissão. Tudo se agravou quando ela se disse vítima de comportamento machista.

Os dois chegaram a conversar, mas depois tiveram novos confrontos, o mais recente na última reunião da CPI, quando Vigilante se recusou a votar pela segunda vez uma convocação proposta por Paula e antes rejeitada. Agora o confronto foi com o distrital Joaquim Roriz Neto.

O presidente negou a Roriz a questão de ordem solicitada por ele não para responder a Vigilante sobre uma acusação de falsidade.

Joaquim Roriz Neto e Vigilante mantêm boas relações pessoais, embora estejam em trincheiras opostas nos embates parlamentares. Foi aí que um quarto distrital, Thiago Manzoni, entrou na briga, alegando que Roriz Neto tinha sido desrespeitado.

Segundo o regimento

Manzoni leu o regimento interno da Câmara para provar que existe questão de ordem nesses casos. “A gente pede uma questão de ordem aqui e dizem que não tem questão de ordem. Tem questão de ordem, sim. É o nosso Regimento Interno. E o deputado Joaquim foi chamado de mentiroso. Pediu uma questão de ordem, não foi dado o direito de responder para poder dizer: espera aí, eu não estou mentindo”.

Manzoni avisou que “as coisas vão se acumulando, elas vão se avolumando e chega uma hora que acaba que a gente sai do sério”. Ele estava revoltado mesmo com outra questão. Segundo ele um requerimento assinado por quatro parlamentares que integram a Comissão que não foi votado.

“Em função disso, a gente vai deixar de ouvir uma testemunha ocular que estava lá no dia 8, filmando e fotografando e fazendo uma armação”. Para Manzoni essa é, na verdade, uma disputa política.

“Os deputados de direita têm o mesmo direito de voz que os deputados de esquerda nesta CPI, ou pelo menos deveriam ter”, afirmou. A distrital Paula Belmonte foi pelo mesmo caminho: denunciou coerção por parte do presidente da CPI, e agora, promete ir mais a fundo na reclamação.

“Não admitiremos que a censura de um partido impeça que toda verdade seja esclarecida, sem paixões, sem ideologias, sem manipulações“ promete Paula.

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