Primeiro dia útil do ano da prosperidade, segundo o governador Rodrigo Rollemberg, que espera ter tempo de recuperar a imagem e a credibilidade para garantir a reeleição. No Palácio do Buriti, assessores próximos se apegam a detalhes das pesquisas de avaliação do governo, de que boa parte dos brasilienses não sabem porquê avaliam mal a gestão do PSB. Apostam também na falta de um bom nome para enfrentar o governador. E podem estar certos. Se, de um lado, o governador corre para reunir aliados, conquistar os evangélicos e fechar com o PSDB…, a direita se engalfinha para chegar a um consenso e achar um nome forte, que agregue aliados, tenha boa imagem, elegibilidade etc.
Bem quieto
Anda calado, sumido, contido o deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF). Ainda não se sabe muito dos planos do partido do vice-governador Renato Santana para 2018. Mas uma coisa já é certa: Rosso não tem mais o apoio da família da mulher, Karina, de quem se separou no ano passado. Pode ser uma campanha difícil.
Tudo certo no PMDB
O deputado distrital Wellington Luiz garante que os problemas internos no PMDB já estão superados. Masssssss… se o candidato ao Governo do DF for o advogado Ibaneis Rocha, a coisa muda. Se for insistir no nome do ex-presidente da OAB-DF, o ex-vice-governador Tadeu Filippelli vai ter certo trabalho, já que deve enfrentar resistência tanto interna quanto externa, com parte dos partidos que forma o grupo de direita.
Entrevista – Bispo Renato
“Não tenho medo da verdade, mas das injustiças cometidas pelo ser humano”
Investigado pela Operação Drácon, o deputado distrital Bispo Renato (PR) diz ser o maior interessado no esclarecimento das acusações e confiar na Justiça. Para este ano, tem planos de se candidatar à reeleição, já que tem feito um “excelente mandato”, conforme ele mesmo avalia. “A reeleição nos trará a oportunidade de continuar este trabalho, que, certamente, pode continuar a dar bons frutos”, diz, na entrevista a seguir.
O senhor é da oposição, mas tem votado com o Executivo e o líder do governo, deputado distrital Agaciel Maia, é do seu partido. Como vai ficar essa relação em 2018?
Eu assumi uma posição de independência na Câmara Legislativa. Não tenho votado com o Executivo, mas votado projetos que eu considero primordiais para a população e para o crescimento econômico da nossa cidade, que, infelizmente, ainda vive uma crise. Mesmo antes de assumir a independência ao atual governo, no início do meu mandato, eu também votei importantes projetos do Executivo, pois a minha oposição nunca foi ao Distrito Federal e, sim, à gestão que, em muitos momentos, cometeu erros. O PR sempre respeitou minha posição na Câmara Legislativa e, da mesma forma, respeitou a posição do deputado Agaciel Maia, quando ele decidiu vir para o partido. Temos uma relação de respeito. Espero que continue assim em 2018.
O senhor vai tentar se reeleger a deputado distrital?
Sim. Sinto que fizemos um excelente mandato até aqui, com importantes conquistas para a população. Recebemos e abraçamos muitas categorias de trabalhadores. Aprovamos leis importantes, como a regulamentação dos food truck, tratamento da epilepsia, a lei dos 30 minutos nos estacionamentos e tantas outras, além, é claro, da grande conquista da regularização das instituições sociais e dos templos de todos os credos religiosos. A reeleição nos trará a oportunidade de continuar este trabalho, que, certamente, pode continuar a dar bons frutos.
O senhor acha que as investigações da Operação Drácon podem atrapalhar seus planos políticos?
Eu sou o maior interessado nas investigações, desde que elas sejam isentas e imparciais. Acredito na nossa Justiça e não tenho medo de ser frustrado em planos políticos, pois sei que, até aqui, fizemos boas ações para a população e é isso que eu vou continuar fazendo, independentemente de política. Não tenho medo da verdade, mas das injustiças cometidas pelo ser humano.
