Passou por Brasília, sem chamar a atenção, o presidenciável Ciro Gomes. Encontrou-se com representantes da recente federação PP-União Brasil, embora não tivesse aparecido na festa de criação da união partidária.
Não se reuniu com ninguém do PSDB e ficou longe do Congresso. Isso reforçou a suposição de que ele pode recorrer à nova legenda se quiser mesmo disputar o governo do Ceará.
Nessa hipótese, Ciro poderia ser um candidato à centro-direita contra Elmano em 2026. E, pelas reações no grupo de Elmano, avalia-se que, no Ceará, ele ainda teria a força que perdeu nacionalmente.
Segundo um interlocutor do grupo do governador, as movimentações de Ciro teriam mesmo levado Elmano de Freitas a considerar não disputar a reeleição. No caso, para disputar com Ciro, o ministro da Educação, Camilo Santana, poderia deixar o cargo para enfrentá-lo.
Como senador, Camilo terá mais quatro anos de mandato e nada arrisca se deixar o posto. Mas a ideia mostra que Ciro não considera o PSDB como principal alternativa, a não ser pelas ligações pessoais com o ex-governador e ex-senador Tasso Jereissati, com quem já negociou apoio.